Num comunicado divulgado hoje no seu site, a Direção-geral da Saúde (DGS) informou que chegaram na quinta-feira a Lisboa dois passageiros do navio que são residentes em Portugal.

“Por precaução, estes passageiros foram submetidos a análises laboratoriais pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que resultaram negativas, com duas amostras biológicas negativas”, refere a nota da DGS. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

No dia 13 deste mês, o navio de cruzeiro com mais de 2.000 pessoas a bordo atracou no Camboja depois de ter sido recusada a sua entrada em vários países asiáticos devido ao risco de uma possível propagação do novo coronavírus, designado Covid-19.

Cerca de 1.450 passageiros e 802 membros da tripulação partiram no dia 01 de fevereiro de Hong Kong e planeavam chegar à cidade japonesa de Yokohama, mas as autoridades nipónicas negaram a entrada, depois de uma pessoa a bordo ter apresentado sinais de estar infetada pelo novo coronavírus surgido na China.

Um passageiro norte-americano de 83 anos acabou por ser diagnosticado em Kuala Lumpur como tendo infeção pelo novo coronavírus. Dos 1.455 passageiros, mais de 1.200 desembarcaram do navio nos dias seguintes, depois de alguns terem sido submetidos a um exame médico rápido.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde do Camboja informou que as análises feitas a centenas de passageiros do cruzeiro Westerdam foram negativas.

Hoje o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde manifestou inquietação perante infeções pelo novo coronavírus registados fora da China e sem uma “ligação epidemiológica clara”, anunciando que uma equipa internacional de peritos vai no sábado a Wuhan.

Número de mortos aumenta todos os dias

O novo coronavírus, família de vírus que causa infeções respiratórias como pneumonia, provocou quase 2.299 mortos e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial, de acordo com o mais recente balanço.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde o COVID-19 foi identificado em dezembro, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

Além dos mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, quatro no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

Veja em baixo o mapa interativo com os casos de coronavírus confirmados até agora

Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.

Em Portugal, já se registaram 12 casos suspeitos, mas nenhum se confirmou.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, há 45 casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.

Os vírus e os coronavírus: quais as diferenças?