
"Vemos que os números estão a aumentar novamente. Isto é irritante e cria incerteza. Por conseguinte, devemos continuar a ser cautelosos, a testar e a vacinar. O vírus não está a facilitar-nos as coisas", disse Spahn numa entrevista à emissora pública alemã ARD.
A Alemanha tem estado parcialmente confinada desde novembro e nas últimas semanas conseguiu reduzir a taxa de infeção pelo novo coronavírus.
Nos últimos dias os números começaram a subir, uma evolução atribuída à rápida propagação da variante britânica da doença, considerada mais contagiosa.
Os especialistas advertem que se aproxima uma terceira vaga, agora que os 16 estados federais começam a aliviar as restrições.
A partir de segunda-feira, está prevista a reabertura de escolas e centros de dia em dez dos estados do país. A educação não é uma responsabilidade federal na Alemanha e cabe a cada estado decidir sobre a reabertura dos serviços.
Muitas escolas estão a ponderar limitar o tamanho das turmas, tornar obrigatório o uso de máscaras e a circulação de ar das salas, mas algumas questionam o momento escolhido para a reabertura.
Spahn considerou que deve ser encontrado um equilíbrio entre a necessidade de proteger os alemães das estirpes mais contagiosas do vírus e a necessidade de devolver às crianças "uma vida quotidiana normal".
O impacto da reabertura de escolas será acompanhado de perto, antes de se passar às fases seguintes de desconfinamento, acrescentou o ministro da Saúde.
"Uma vez reabertas as escolas e centros de dia, mais milhões de pessoas estarão em movimento. Precisamos ver que diferença isso faz em termos de variantes", realçou. "Não podemos fazer falsas promessas" sobre outras flexibilidades, frisou.
A Alemanha registou ontem 7.676 novos casos, aumentando o número total de infetados desde o início da pandemia para mais de 2,3 milhões.
Mais de 67.000 pessoas morreram na Alemanha devido ao vírus, segundo o Instituto Robert Koch de Vigilância Sanitária.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.461.254 mortos no mundo, resultantes de mais de 111 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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