“Na qualidade de presidente da UA [União Africana], o Presidente [Cyril] Ramaphosa relatou, em 13 de janeiro de 2021, numa reunião especial da Assembleia da UA, que garantiu 270 milhões de doses provisórias de vacinas para os países africanos, com pelo menos 50 milhões disponíveis para o período crucial de abril a junho de 2021″, referiu a ministra sul-africana.
Naledi Pandor, que falava hoje numa videoconferência promovida pelo instituto de política internacional britânico Chatham House, com sede em Londres, adiantou que “este esforço” complementa as iniciativas Covax, da Organização Mundial de Saúde e Aliança de Vacinas Gavi, “para ajudar os países de baixo e médio rendimento a garantir o acesso às vacinas de forma justa e equitativa”.
“Para o Presidente Ramaphosa, nenhum país deve ser deixado para trás”, sublinhou.
Nesse sentido, Naledi Pandor declarou: “As iniciativas covid levaram a uma África unificada, um dos resultados foi a criação do grupo de trabalho de Aquisição de Vacinas da África [AVATT, na sigla em inglês] da covid-19, em apoio à estratégia de vacinas para África”.
“Este foi um esforço para responder à suspeita de que o apelo para que as vacinas fossem um bem público global não seria respeitado pelos países mais ricos do mundo”, frisou a ministra sul-africana, acrescentando que “o Presidente Ramaphosa e a UA estão a trabalhar arduamente para garantir vacinas para África”.
África registou nas últimas 24 horas mais 1.306 mortes por covid-19 e ultrapassou as 80 mil desde o início da pandemia, somando mais de 3,3 milhões de infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
A chefe da diplomacia sul-africana recordou ainda, na sua intervenção, que em dezembro de 2020, a África do Sul concluiu o terceiro mandato como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde procurou fortalecer a cooperação com África, nomeadamente na resolução de conflitos, e justificar um papel mais permanente para o país e o continente naquele órgão.
A ministra disse ainda que a presidência sul-africana de 12 meses da União Africana, que terminará em fevereiro, visou promover questões de paz e segurança, incluindo uma cooperação mais estreita com o Conselho de Segurança da ONU, e avançar a integração económica regional.
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