“Os médicos não devem prescrever e os indivíduos não devem tomar cloroquina ou hidroxicloroquina [medicamentos usados no tratamento da malária] para prevenir ou tratar a covid-19, salvo em caso de estudo clínico ou do uso emergencial e monitorizado de intervenções não registadas e em investigação (MEURI)”, adianta o CDC África.
Alerta ainda que estes medicamentos podem causar intoxicações neurológicas, oftalmológicas, cardíacas ou outras.
A orientação do CDC-África integra uma lista de recomendações desta agência da União Africana sobre o uso de medicamentos na prevenção e tratamento de infeções pelo novo coronavírus e pretende responder à “divulgação de informações incorretas” na imprensa e nas redes sociais.
O CDC-África desanconselha também a prescrição de Remdesivir [usado no tratamento de infeções pelo o vírus do ébola] e Lopinavir/Ritonavir [para tratamento de doentes com HIV] para prevenir ou tratar o COVID-19, “salvo sob ensaios clínicos ou MEURI”.
Admitido é o uso de paracetamol, acetaminofeno ou ibuprofeno “para aliviar os sintomas de febre e/ou mialgia devido a infeção viral”.
O CDC África enfatiza que os médicos devem basear-se em evidências cientificas ao tratar pacientes com infeções pelo novo coronavírus, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em vários países africanos, tem havido uma corrida à cloroquina e à hidroxicloroquina, com as autoridades de saúde de alguns estados, como o Senegal, a adotarem oficialmente esta terapêutica.
A pandemia de covid-19 afeta já 50 dos 55 países e territórios de África, somando mais de 7.000 infeções e 280 mortes associadas à doença.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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