Subiu para 187 o número de mortos por COVID-19 em Portugal. Relativamente a terça-feira, em que se registavam 160 mortes, observou-se um aumento de 16,8% (mais 27).
Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) há 8.251 infetados confirmados em Portugal. Ontem eram 7.443, ou seja, registaram-se mais 808 casos, uma subida de 10,8%.
O relatório da situação epidemiológica indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (95), seguida da região Centro (52), da região de Lisboa e Vale do Tejo (38) e do Algarve, que hoje regista dois mortos.
Em conferência de imprensa, esta tarde, o secretário de Estado António Lacerda Sales adiantou que a taxa de letalidade do vírus em Portugal é de 2,3%.
O grupo etário mais afetado é o "+ de 80 anos" com 120 óbitos (62 homens e 58 mulheres). Em Portugal, só há registo de óbitos a partir da faixa etária 40-49 anos.
Número de recuperados inalterado há uma semana
Há sete boletins consecutivos que o número de recuperados se mantém igual: 43 até agora. Segundo o documento, há 726 pessoas hospitalizadas por causa da infeção por SARS-CoV-2, das quais 230 em cuidados intensivos.
No Norte há 4.910 casos confirmados; em Lisboa e Vale do Tejo 1.998 casos; no Centro 1.043; no Algarve 146 casos; no Alentejo 54 casos; nos Açores 52 casos e na Madeira 48 casos.
Segundo o documento, a faixa etária mais afetada pela infeção é a dos 40 aos 49 anos (1.520 casos), seguida dos 50 aos 59 anos (1.476), dos 60 aos 69 anos (1.133) e dos 30 aos 39 anos (1.220).
Parte (49%) dos pacientes apresenta febre, tosse (61%), sendo que 33% registaram também dores musculares, 24% tiveram fraqueza generalizada, 19% dificuldade respiratória e 29% cefaleia. No entanto, só existe informação reportada sobre sintomas em 77% dos casos confirmados.
Os concelhos com mais casos em Portugal são Lisboa (546), Porto (505) e Vila Nova de Gaia (387), segundo o documento da DGS que se baseia em 79% dos casos confirmados.
O boletim diário divulgado hoje revela que há 4.957 pessoas que aguardam resultados de análises e mais de 20 mil estão sob vigilância pelas autoridades de saúde.
Há ainda centenas de casos importados, sendo que a maioria tem origem em Espanha (142), França (100) e Reino Unido (52).
Os números divulgados no boletim de hoje da DGS dizem respeito a dados reportados até às 00h00 desta quarta-feira.
Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Além disso, o Governo português declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
Mapa mundial interativo com casos confirmados e mortes
Se não conseguir ver o mapa desenvolvido pela Universidade Johns Hopkins, siga para este link.
Presidente da República decide hoje sobre prolongamento do estado de emergência
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decide hoje sobre o prolongamento do estado de emergência por novo período de 15 dias, com parecer do Governo que reunirá o Conselho de Ministros para esse efeito.
A reunião do Conselho de Ministros está prevista para as 15:00, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, e o chefe de Estado adiantou na segunda-feira que conta enviar o projeto de decreto com os termos da renovação do estado de emergência para o parlamento “ao fim da tarde” de hoje.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o decreto refletirá “o resultado das conversas que estão em curso com o Governo e a posição do Governo”, que se pronunciará “não só sobre a renovação do estado de emergência, mas também sobre o que entende que pode ou deve ser introduzido no conteúdo dessa renovação”.
“Ao fim da tarde enviarei para o parlamento, eu nessa altura estou em condições de tomar a decisão”, afirmou o Presidente da República, acrescentando que, no dia seguinte, quinta-feira, a Assembleia da República “debate e se for caso disso aprova” a resolução que autoriza o estado de emergência.
Na véspera de tomar esta decisão, o Presidente da República esteve presente numa segunda reunião técnica sobre a situação em Portugal, juntamente com o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, líderes partidários e sindicais e conselheiros de Estado, que participaram por videoconferência.
Mais de 43 mil mortos em todo o mundo
A pandemia de COVID-19 matou mais de 43.082 pessoas no mundo inteiro desde que a doença surgiu em dezembro na China, segundo um balanço da AFP às 11:00, a partir de dados oficiais.
De acordo com a agência de notícias francesa, já foram diagnosticados mais de 865.970 casos de infeção pelo novo coronavírus e a pandemia espalhou-se por 186 países ou territórios. Foram consideradas curadas pelo menos 172.500. A Europa concentra dois terços dos casos.
Itália, que registou a primeira morte ligada ao coronavírus no final de fevereiro, é o país mais afetado em número de mortes, com 12.428 mortes em 105.792 casos, e 15.729 pessoas foram consideradas curadas pelas autoridades italianas.
Depois de Itália, os países mais afetados são Espanha com 9.053 mortes em 102.136 casos, os Estados Unidos com 4.081 mortes (189.633 casos), França com 3.523 mortes (52.128 casos) e a China continental com 3.312 mortes (81.554 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou um total de 81.554 casos (36 novos entre terça e hoje), incluindo 3.312 mortes (sete novas) e 76.238 curados.
Também os Estados Unidos estão a ser bastante afetados pela pandemia tendo sido registadas oficialmente 189.633 infeções, 4.081 mortes e 7.138 curados.
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