17 de outubro de 2013 - 13h22
O secretário de Estado da Saúde defendeu hoje que a diminuição nas transferências para aquele setor, em 2014, será menor do que o corte global das despesas do Estado, traduzindo "uma discriminação positiva".
"A transferência que o Orçamento do Estado [de 2014] faz para o Serviço Nacional de Saúde, em percentagem da despesa primária aumenta, afirmou Manuel Teixeira, à margem da inauguração da nova urgência do hospital de Penafiel.
Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado explicou que "o peso da transferência para o SNS na despesa primária, no total das administrações, passa de 10,2% para 10,3%".
"Isto representa, de facto uma discriminação positiva, em relação à saúde", assinalou, acrescentando: "O Governo entende que em situações de crise os setores que garantem a coesão entre os cidadãos têm de ser protegidos na medida do possível e das tremendas dificuldades que o país está atravessar".
Sobre a forma como o Governo vai acomodar o corte de cerca de 300 milhões de euros para o setor da saúde, previsto no Orçamento do Estado para 2014, Manuel Teixeira adiantou que estão previstas medidas para aumentar a quota de genéricos, gerando poupanças nos medicamentos.
O secretário de Estado anunciou que "também haverá poupanças adicionais nos convencionados e uma melhor adequação da oferta de cuidados às necessidades".
"Na saúde, o Governo está a fazer todos os esforços no sentido de proteger as famílias em situação difícil", concluiu.
O secretário de Estado inaugurou hoje a nova urgência do Hospital Padre Américo, em Penafiel.
A ampliação efetuada custou cerca de cinco milhões de euros e permite duplicar a capacidade de resposta para uma população do Tâmega e Sousa de cerca de meio milhão de habitantes.
Lusa