Os investigadores da Cardiff University percorrem quatro bares no País de Gales onde questionaram mais de 1800 pessoas, com uma média de idades de 27 anos, sobre o seu estado de embriaguez, sendo que estas efetuaram testes do balão. As conclusões são assustadoras: grande parte dos inquiridos, que estavam a beber na companhia de amigos alcoolizados, sobrestimaram a quantidade de álcool ingerido nas últimas horas, refere o estudo citado pelo jornal britânico The Guardian.

Questionados sobre as implicações que o álcool tem na saúde, grande parte dos participantes referiu não ter comportamentos de risco e estar ‘alegre’, apesar dos resultados dos testes de balão efetuados pelos investigadores não deixarem margem para dúvidas: grande parte ultrapassava o limite legal de álcool no sangue.

Simon Moore, médico de saúde pública e o autor do estudo, revela outro aspeto interessante: os participantes que estavam na companhia de pessoas completamente bêbedas mais depressa diziam estar menos intoxicados do que se estivessem com alguém que bebesse de forma mais moderada.

“As pessoas não vem uma realidade objetiva”, explica Moore. “Os seus sentimentos de risco e intoxicação não são baseados nas perceções que as pessoas tem de si mesmas.”

A solução passa por, para além de seguir as regras habituais, as pessoas deixarem de fazer comparações com o estado de embriaguez das pessoas com quem estão e fazerem-se acompanhar de alguém que permaneça sóbrio durante a noite. Isso sim, vai fazer com que as pessoas que consumirem álcool vejam o seu estado de embriaguez real.