O arroz vermelho é um arroz integral de grão longo e de cor vermelha ou acastanhada, resultante dos seus pigmentos naturais. "Diferencia-se do arroz tradicional pelo facto de ser bastante rico em fibras e hidratos de carbono complexos, propriedades que aumentam a sensação de saciedade, constituindo deste modo um alimento recomendável na redução do peso e do apetite", explica a médica Teresa Laginha.
Apesar de ainda ser difícil de encontrar no mercado, o arroz vermelho pode ser confecionado e consumido como o arroz tradicional. "Cozido ou refogado, este alimento contém os mesmos benefícios, no entanto, por ter um sabor mais intenso. É, por isso, aconselhável a redução dos temperos habitualmente utilizados durante a sua confeção", salienta a especialista.
Através do cruzamento da investigação molecular com as tradições asiáticas seculares da fermentação deste tipo de arroz, concluiu-se que a fermentação produz uma levedura de coloração vermelha que reduz os níveis de colesterol.
"A eficácia da levedura de arroz vermelho resulta da presença de Monakolina K, substância que diminui a síntese de colesterol no fígado, tendo impacto na redução do colesterol total e do colesterol LDL. Além disso, este arroz é também rico em antioxidantes, zinco e vitamina B6, elementos fortemente associados a benefícios contra o envelhecimento celular, imunidade e humor", enumera a especialista em Medicina Geral e Familiar.
Indicada para pessoas com colesterol LDL elevado
A levedura de arroz vermelho destina-se, por exemplo, a pessoas com aumentos ligeiros a moderados de colesterol e risco cardiovascular. "Constitui ainda uma opção para pessoas que preferem soluções naturais, para pessoas que se consideram muito jovens para iniciar um tratamento farmacológico e uma mais valia para as pessoas intolerantes aos grupos terapêuticos utilizados para reduzir o colesterol", sugere Teresa Laginha.
No entanto, a médica desaconselha o consumo da levedura de arroz vermelho a mulheres grávidas e em período de amamentação. De notar ainda, que em relação ao arroz vermelho, alguns estudos desaconselham o consumo de grandes quantidades deste tipo de arroz a crianças e idosos, devido à possibilidade de efeitos secundários renais.
As explicações científicas são de Teresa Laginha, médica especialista em Medicina Geral e Familiar.
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