10 de maio de 2013 - 14h40
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) reclamou cuidados médicos de proximidade e defendeu a manutenção de valências nos três hospitais do Centro Hospitalar que integra as unidades de Abrantes, Tomar e Torres Novas.
Numa conferência de imprensa de apresentação de um abaixo-assinado com cerca de 9.000 assinaturas pedindo uma análise das condições de prestação de cuidados de saúde no Médio Tejo, o porta-voz da CUSMT, Manuel Soares, disse ser "contra o esvaziamento funcional” dos hospitais de Torres Novas e de Tomar.
"Primeiro desqualificaram a Urgência, depois encerraram a Cirurgia, acabaram com a Infeciologia, e agora o Conselho de Administração do Centro Hospitalar quer acabar com o internamento da Medicina Interna”, criticou Manuel Soares.
Segundo o porta-voz da CUSMT, "é preciso que haja respeito pelas populações”, pelo que criticou “a política de concentração de valências num único hospital em claro prejuízo para os utentes, que pagam mais caro por cuidados de saúde cada vez mais distantes".
Manuel Soares disse ainda à Lusa que vai sugerir ao Conselho de Administração do CHMT, na reunião de Conselho Consultivo a realizar na segunda-feira, "a elaboração de um plano estratégico para todo o setor da saúde" no Médio Tejo.
Também o Sindicato da Função Pública promoveu hoje uma ação de protesto, junto à entrada do hospital de Torres Novas, montando uma banca de esclarecimento e protesto pelas condições de trabalho a que estão sujeitos os trabalhadores do CHMT e para informar a população e utentes do "degradamento do serviço público efetuado pelo CHMT".
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical Ápio Cláudio criticou a "descaracterização" dos hospitais "em desrespeito para com os trabalhadores e utentes", a par do "desaparecimento dos serviços públicos de saúde de proximidade".
Lusa