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As experiências com animais devem começar este ano
16 de janeiro de 2013 - 14h12
Um cientista australiano diz ter descoberto um mecanismo intracelular que impede que o VIH evolua e dê origem à SIDA, o que considerou um importante avanço na descoberta de uma cura para a doença.
David Harrich, do Instituto de Investigação Médica de Queensland, disse ter modificado com sucesso uma proteína no VIH que o vírus necessita para se desenvolver e propagar, transformando-a de modo a inibir o seu desenvolvimento.
“Nunca vi nada assim. A proteína modificada funciona sempre”, disse Harrich, citado pela agência noticiosa France Presse.
O cientista assinalou que embora existam ainda muitos obstáculos científicos e éticos, a investigação poderá conduzir a “uma cura para a SIDA”.
Harrich explicou que a proteína modificada, designada Nullbasic, mostrou uma “extraordinária” capacidade para impedir o crescimento do VIH em laboratório e pode ter implicações estimulantes quer no combate à SIDA quer no tratamento de infetados com o VIH.
“O vírus poderá infetar uma célula, mas não se propagará”, frisou o cientista no estudo, publicado na última edição da revista Human Gene Therapy.
O facto de uma única proteína poder ser tão eficaz poderá significar o fim dos atuais tratamentos caros e crónicos, representando também melhor qualidade de vida e custos mais baixos para as pessoas e governos, adiantou.
As experiências com a proteína em animais devem começar este ano, embora a sua utilização em qualquer tratamento possa demorar alguns anos.
O número de infetados com VIH a nível mundial subiu em 2011 para os 34 milhões, eram 33,5 milhões no ano anterior, de acordo com os últimos dados das Nações Unidas. A grande maioria vive na África subsaariana (23,5 milhões), enquanto o sul e o sudeste da Ásia totalizam 4,2 milhões de infetados.
SAPO Saúde
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