O fim oficial da epidemia, após 42 dias sem novos infetados, surge pouco antes do início do ano escolar, que arranca na quinta-feira, na capital financeira dos Estados Unidos.

Os bairros mais afetados pela epidemia encontravam-se em Brooklyn, mais especificamente em Williamsburg, onde reside uma enorme comunidade judia ortodoxa.

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Nesta região, a Câmara Municipal de Nova Iorque ordenou a 9 de abril a vacinação obrigatória na tentativa de travar a epidemia.

Em junho, o estado de Nova Iorque eliminou as isenções religiosas que os pais podiam invocar para evitar as exigências de vacinação escolar.

"Quando as escolas se preparam para reabrir esta semana, devemos permanecer atentos. Para proteger as nossas crianças e as nossas vizinhanças, peço a todos os nova-iorquinos que se vacinem", disse o prefeito Bill de Blasio em comunicado.

Para proteger as nossas crianças e as nossas vizinhanças, peço a todos os nova-iorquinos que se vacinem

"A luta contra a negação da ciência continua", declarou Mark Levine, presidente da comissão de saúde do conselho municipal.

A cidade gastou mais de seis milhões de dólares e mobilizou pelo menos 500 funcionários para combater essa epidemia, que começou com viajantes provenientes de Israel, segundo o comunicado.

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Uma região do subúrbio da cidade, o condado de Rockland, que conta com uma grande população judia ortodoxa, ainda luta contra a epidemia. No fim de agosto, o local registou 312 novos infetados.

Como muitos outros países, os Estados Unidos vivem o ressurgimento do sarampo.

Entre 1 de janeiro e 29 de agosto de 2019 foram notificados cerca de 1.234 casos em 31 estados dos Estados Unidos, o número mais alto desde 1992, segundo os Centros de Controlo de Doenças (CDC).