Os profissionais estão concentrados na entrada principal do Centro Hospitalar e entoam cânticos e palavras de ordem, em sintonia com as reivindicações da greve de cinco dias dos enfermeiros, que começou hoje.

Os dinamizadores do protesto afirmaram, no entanto, à agência Lusa que a iniciativa foi convocada “sem intervenção dos sindicatos”, que não se fazem representar no local.

Os primeiros manifestantes começaram a concentrar-se, cerca das 08:00, na sequência de um apelo feito através das redes sociais, disse Luís Pereira, enfermeiro da Unidade de Queimados do CHUC, que integra o grupo de ativistas que dinamiza o protesto.

“O protesto é espontâneo, resulta da nossa indignação. Não são precisos os sindicatos para promoverem estas ações”, acrescentou o enfermeiro, que exerce a profissão há 25 anos.

Os enfermeiros iniciaram hoje uma greve de cinco dias contra a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.

A greve foi marcada pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE) para o período entre as 00:00 de hoje e as 24:00 de sexta-feira.

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Os enfermeiros reivindicam a introdução da categoria de especialista na carreira de enfermagem, com respetivo aumento salarial, bem como a aplicação do regime das 35 horas de trabalho para todos os enfermeiros, mas a Secretaria de Estado do Emprego considerou irregular a marcação desta greve, alegando que o pré-aviso não cumpriu os dez dias úteis que determina a lei.

Apesar disso, os enfermeiros mantiveram a greve nacional, invocando a recusa do Ministério da Saúde em aceitar a proposta de atualização gradual dos salários e de integração da categoria de especialista na carreira.