Embora reconheça que há responsabilidades de outras entidades, nomeadamente o acompanhamento das convenções dos privados com o SNS, a ministra Marta Temido destaca que há nos casos divulgados recentemente um “elemento comum, que é o elemento humano”.

“Vale a pena sublinhar que, pese embora se perceba que há um conjunto de entidades com responsabilidades de regulação, de inspeção e fiscalização dos contratos que se realizam com terceiros, há aqui um denominador comum que é a prática médica”, afirmou aos jornalistas à margem de uma cerimónia no Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa indicou já que há indícios de irregularidades na clínica Ecosado, onde a mãe do bebé com malformações graves realizou as ecografias através do SNS, apesar de a clínica não ter afinal qualquer convenção com o Estado.

A ministra indicou que ainda não há conclusões deste inquérito da ARS apesar de ter sido pedida a “maior celeridade”.

Marta Temido indicou que o caso do bebé de Setúbal é uma “situação altamente preocupante, que tem merecido do Ministério um acompanhamento rigoroso e pode vir a merecer outras medidas que estão a ser ponderadas”.

A ministra reconheceu que no caso da clínica Ecosado haverá responsabilidade de “outros intervenientes”, que “terão de responder por elas”.

“Temos de investir no acompanhamento dos contratos que fazemos com terceiros. Há um investimento significativo a fazer que atuais circunstâncias mostraram que precisa de ser reforçado”, afirmou.