A onda de legalizações do casamento gay em alguns estados dos Estados Unidos em 2015 permitiu que o número de suicídios baixasse quase 1% na globalidade e cerca de 4% entre a comunidade lésbica, gay, transsexual e bissexual (LGBT).

As conclusões são de um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins publicado esta semana que quantifica os factos: no ano seguinte à legalização do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo (2016) houve 134.000 menos tentativas de suicídio em todo o território norte-americano.

Em janeiro de 2015, cinco meses antes do Supremo Tribunal dos Estados Unidos tornar o casamento um direito igualitário por lei federal, 35 estados legalizaram esse direito.

De acordo com o estudo, em 32 desses estados, os investigadores analisaram os números dos suicídios entre 1999 e 2015 e compararam-nos com os dados dos estados onde não havia legislação a favor do casamento gay. Nos Estados sem legislação, o números de suicídios continuou sempre a crescer, enquanto que nos outros baixou.

Numa nota difundida pela referida universidade, e citada pelo jornal espanhol El País, a investigadora do estudo admite que a análise não precisa se a redução do número de mortes se deveu ou não à nova legislação permissiva ou, por outro lado, e mais provavelmente, às campanhas de consciencialização.

O suicídio é a principal causa de morte entre os jovens na maioria dos países desenvolvidos e é considerado pelas autoridades um flagelo em crescimento: aumentou 24% entre 1999 e 2014 nos Estados Unidos.

Ainda de acordo com dados citados pelo referudo estudo, entre 2009 e 2015, o número de tentativas de suicídio que recebeu atenção médica aumentou 47%.

Por outro lado, quase metade (43%) dos jovens LGBT daquele país já tentou pelo menos uma vez por termo à vida.

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