8 de março de 2013 - 12h32
A ASAE considera que não existe risco para a saúde pública, depois de avaliar as suspeitas sobre carne com vestígios de fenilbutazona, uma droga com propriedades anti-inflamatórias, em almôndegas e hambúrgueres .
“Os valores de resíduos de fenilbutazona alegadamente detetados em duas amostras, uma de hambúrgueres e outra de almôndegas, são vestigiais, pelo que efetuada a respetiva avaliação de risco, tendo por base os dados disponíveis, não se considera existir risco para a saúde pública”, lê-se num comunicado emitido hoje pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A ASAE diz ainda que continua atenta a esta questão, tendo solicitado informação adicional, “de modo a validar a metodologia utilizada”.
Na quinta-feira, a Deco anunciou ter detetado vestígios daquele medicamento em produtos alimentares à venda em Portugal – nas amostras de hambúrgueres Auchan e nas almôndegas Polegar – o que é proibido na alimentação humana.
“Não existe qualquer resultado positivo em produtos com origem nacional”, afirma a ASAE, referindo-se às “diligências até agora efetuadas”.
A Autoridade continua, no entanto, a recolher amostras e a fiscalizar o mercado.
“Não está em causa uma situação de falta de controlo sobre esta matéria”, garante, acrescentando que a proteção dos consumidores nestes casos é assegurada pelo Plano Nacional de Controlo de Resíduos.
Em Portugal, sublinha a ASAE, “não existe histórico da presença de resíduos desta substância na carne de cavalo analisada no âmbito dos planos de vigilância”.
De acordo com a Deco, os problemas relacionados com carne de cavalo rotulada como produto de origem bovina podem ser mais abrangentes do que uma mera fraude económica e demonstrar falta de controlo em todo o processo.
A ASAE sublinha que os lotes de produtos referidos onde foram detetados resíduos daquela substância não estão já à disposição do consumidor, tendo sido retirados do mercado quando se detetou que continham carne de cavalo sem que tal fosse mencionado na rotulagem.
“A ASAE havia já fiscalizado o distribuidor dos produtos em questão e o seu fornecedor”, afirma no comunicado esta entidade.
Lusa