“Em pleno século XXI, não é aceitável que as mulheres portuguesas que enfrentam um cancro do ovário não tenham acesso aos mesmos cuidados e tecnologias de saúde que todas as outras mulheres que vivem no espaço europeu. No entanto, é isso que acontece. Apelamos a todos os portugueses que se juntem a nós nesta causa e nos ajudem a sensibilizar os órgãos de soberania para esta injustiça. Cada dia que passa, é um dia que faz a diferença em quem vive com esta doença”, defende Cláudia Fraga, presidente da MOG e sobrevivente de cancro do ovário.

“Neste momento, há mulheres a morrer porque não têm acesso a um tratamento que está acessível noutros países da Europa e isso não é aceitável”, conclui Cláudia Fraga.

O Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) tem em curso uma petição pública “Nenhuma mulher portuguesa com cancro do ovário deixada para trás”, com o objetivo de levar à discussão em plenário, na Assembleia da República, os constrangimentos que as mulheres portuguesas enfrentam no acesso à inovação terapêutica.

A petição pode ser lida e assinada aqui. A MOG pretende entregar a petição no Parlamento antes do Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se assinala a 8 de maio.

Sétimo tipo de cancro mais comum

O cancro do ovário é o sétimo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano. É a quinta causa de morte por doença oncológica entre as mulheres, sendo o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade.

O Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos é uma associação sem fins lucrativos, criada formalmente a 18 de dezembro de 2019, dedicada às mulheres que sofrem de cancro do ovário ou de outros cancros ginecológicos.

Empenhada em melhorar a qualidade de vida de todas as mulheres que lidam com estas patologias, o Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos pretende aumentar a consciencialização sobre o impacto dos cancros ginecológicos na vida das doentes e dos seus familiares, colaborando com várias entidades para garantir o diagnóstico, tratamento e acompanhamento adequados desta comunidade.