Juntamente com o cancro do pulmão, o cancro da mama e o colorretal são os que têm maior incidência, estando também entre os cinco mais mortais.

Pulmão, mama e colorretal são, em conjunto, responsáveis por um terço dos novos casos e da mortalidade em todo o mundo, de acordo com a Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC, na sigla inglesa), que pertence à Organização Mundial da Saúde.

Só este ano, a OMS prevê que o cancro faça 9,6 milhões de vítimas mortais.

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O cancro do pulmão e o cancro da mama terão, cada um, mais de dois milhões de novos diagnósticos este ano, contribuindo em conjunto para quase 12% do total da incidência de cancro.

O cancro colorretal, o terceiro mais comum, terá 1,8 milhões de novos casos este ano, seguindo-se o cancro da próstata (com 1,3 milhões) e o cancro do estômago em quinto (cerca de um milhão de casos).

Os tipos de tumores que mais matam

Em termos de mortalidade, o cancro do pulmão é o mais mortal, prevendo-se que cause 1,8 milhões de mortes este ano, sendo um tumor que mundialmente tem um mau prognóstico.

O colorretal surge como o segundo tipo de cancro que mais mortes provoca (estimam-se 880 mil mortes este ano), seguido do cancro do estômago e do cancro do fígado.

O cancro da mama surge em quinto lugar quanto à mortalidade por doença oncológica e as estimativas apontam para 627 mil mortes este ano. Apesar de ser o segundo tipo de cancro mais frequente, a mortalidade não é tão elevada porque “o prognóstico é relativamente favorável, pelo menos nos países desenvolvidos”.

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Relativamente ao cancro do pulmão, o mais mortal, a Agência Internacional da OMS avisa que se têm registado elevadas incidências em mulheres sobretudo na América do Norte e na Europa do Norte e na Europa Ocidental, na China e na Nova Zelândia.

Para a OMS, o crescimento do cancro do pulmão nas mulheres é mesmo encarado como “preocupante”.

“As medidas de boas práticas incorporadas na Convenção Quadro para Controlo do Tabaco da OMS reduziram efetivamente o tabagismo ativo e impediram a exposição involuntária a fumo do tabaco em muitos países”, segundo Freddie Bray, responsável da IARC, alertando que é necessário, contudo, “continuar a implementar políticas direcionadas e eficazes de controlo do tabaco em todos os países do mundo".