Os dados constam do documento “Incidência, Sobrevivência e Mortalidade de todos os tumores na população portuguesa adulta na região sul de Portugal, no período 2010/2011”, que será apresentado esta quinta-feira (23/02) em Lisboa.

Editado pelo Registo Oncológico Regional – Sul, o documento apresenta os resultados da incidência, sobrevivência e mortalidade por cancro, ocorridos na população nas quatro regiões de saúde: Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve e Região Autónoma da Madeira. A sobrevivência ao cancro do cólon, reto e mama melhorou significativamente entre 2000 e 2011.

A área abrangida pelo ROR-Sul representa cerca de 50% do território português e uma população anual média aproximada de 4,8 milhões de habitantes.

Em 2010, registaram-se 23.603 novos casos de cancro nesta região, sendo o da mama o que teve uma maior incidência (3.247), seguindo-se o da próstata (2.808) e o do cólon (2.430).

Nesse ano, a taxa bruta de tumores malignos foi de 484,25 por 100 mil habitantes e a taxa padronizada europeia era de 353,53 por 100 mil. A taxa padronizada mundial situava-se nos 254,50 por 100 mil habitantes.

Veja ainda: 17 sintomas de cancro que os portugueses ignoram

Saiba mais: As frases que nunca deve dizer a uma pessoa com cancro

Leia também: 10 coisas do dia a dia que provocam cancro

O cancro atingiu 12.853 homens, sendo o mais frequente o da próstata (2.808), o do cólon (1.393) e o da traqueia, brônquios e pulmão (1.385).

Nas mulheres, dos 10.750 cancros registados, 3.218 eram da mama, 1.037 do cólon e 564 da pele.

No ano seguinte, registaram-se 24.327 novos casos de cancro. A taxa bruta de tumores malignos foi de 497, 66 por 100 mil habitantes em 2011.

Nesse ano, a taxa padronizada europeia era de 355,99 por 100 mil, enquanto a taxa padronizada mundial situava-se nos 256,69 por 100 mil habitantes.

Cancros com maior incidência

Os cancros com maior incidência foram, nesse ano, o da mama (3.420), o da próstata (2.828) e o do cólon (2.563).

Por género, os homens registaram 13.194 novos casos de cancro: Próstata (2.818), cólon (1.487) e traqueia, brônquios e pulmão (1.355).

Os dados do ROR-Sul indicam que, em 2010, e por 100 mil habitantes, o cancro da tranqueia, brônquios e pulmões matou 1.839 pessoas, o do cólon 1.369 e o do estômago 921.

Ainda por 100 mil habitantes, e por género, o cancro da traqueia brônquios e pulmões causou a morte de 1.469 pessoas, o da próstata 903 e o do cólon 799.

Nas mulheres, o cancro da mama matou 904 pessoas por 100 mil habitantes, o do cólon 670 e o do estômago 378.

Em 2011, os tumores da traqueia, brônquios e pulmões foram responsáveis por 1.797 mortos por 100 mil habitantes, o do cólon por 1.335 e o do estômago por 1.008.

Por género, 1.411 homens por 100 mil habitantes morreram devido ao cancro da traqueia, brônquios e pulmão, 937 por cancro da próstata e 742 por causa do cancro do colon.

Nas mulheres, em cada 100 mil habitantes morreram 881 devido ao cancro da mama, 593 por cancro do cólon e 386 por causa do cancro da traqueia brônquios e pulmão.