Segundo o anúncio feito pelo Presidente brasileiro através das redes sociais, essa possibilidade começou a ser estudada pelo Ministério da Saúde, “em virtude da melhora do cenário epidemiológico” registado no país nas últimas semanas.
Se a mudança ocorrer, a doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 deixará de ser vista como uma emergência sanitária e muitas restrições, como uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal, deixarão de ser aplicadas.
A pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 e, embora muitos países afirmem que a crise começa a ser superada, aquela entidade multilateral ainda não alterou essa qualificação.
De facto, a OMS já alertou que uma declaração de endemia não significará o fim da emergência de saúde global.
“As pessoas falam sobre pandemia versus endemia, mas a malária é endémica, assim como o HIV [Sida], e mata centenas de milhares de pessoas, então endemia não é uma coisa boa, apenas significa que está aqui para sempre”, alertou o diretor de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan, em resposta a quem exige mudar a classificação.
A situação no Brasil, um dos países mais afetados no mundo pela covid-19, juntamente com Estados Unidos da América e Índia, melhorou nas últimas semanas, embora especialistas afirmem que ainda é necessária cautela.
Nesta quarta-feira, o Brasil atingiu a soma de 650 mil óbitos, com 370 novos óbitos em 24 horas, e uma média diária na última semana de 512 óbitos, de um total de 28,8 milhões de casos, dos quais 30.995 foram registados no mesmo dia.
Nos dois anos que se passaram desde que a pandemia chegou ao país, Bolsonaro minimizou a sua gravidade e liderou campanhas contra todas as medidas de prevenção, desde ‘lockdowns’ ao uso de máscaras, além de questionar a eficácia das vacinas contra a covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.952.685 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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