O Benim anunciou hoje a sua primeira morte pela covid-19, doença que as autoridades africanas dizem já ter infetado perto de 9.500 pessoas e provocado a morte a mais de 440 no continente.

O anúncio foi feito na manhã de hoje pelo ministro da Saúde do Benim, Benjamim Hounkpatin, que refere que se trata de uma mulher de 43 anos que sofria de drepanocitose e que estava internada numa clínica privada há uma semana.

A mulher, que morreu no domingo, terá feito uma “viagem a um país afetado pela pandemia” de covid-19, algo que, aliado “ao agravamento das dificuldades respiratórias” levou as autoridades do Benim a suspeitar que esta estava infetada com a doença provocada pelo novo coronavírus.

No final de março, o Presidente do Benim, Patrice Talon, anunciou que o país não tem “os meios dos países ricos” para cumprir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o isolamento social para conter a propagação da covid-19.

O país ​​​situado na África Ocidental contabiliza 23 casos de infeção desde o início da pandemia, tendo cinco já sido considerados recuperados.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África), com dados até às 14:00 horas de Lisboa, o número de mortes registadas situa-se agora em 442, com as infeções confirmadas a alcançarem as 9.457.

O CDC África registou também 848 doentes recuperados após a infeção.

O boletim não integra, no entanto, os dados mais recentes de São Tomé e Príncipe, que anunciou hoje os seus primeiros casos.

Os quatro casos anunciados hoje pelo primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, elevam para 52 o número de países e territórios de África afetados pela pandemia de covid-19.

Até hoje, São Tomé e Príncipe era o único país lusófono sem qualquer caso de infeção pela doença provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com o CDC África, a maioria dos países africanos (39) já tem transmissão local da doença, enquanto 12 países registam apenas infeções importadas.

Até ao momento, não foram anunciados quaisquer casos em Comores, República Sarauí e Lesoto.

A Guiné-Bissau é agora o país africano lusófono com mais casos registados, depois de hoje ter confirmado 33 pessoas com infeções pelo novo coronavírus.

Angola, que já contabiliza duas mortes, registou desde sábado mais quatro casos confirmados da doença, somando agora 14.

Moçambique mantém 10 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.

Cabo Verde totaliza sete casos de infeção desde o início da pandemia, entre os quais um morto.

Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estão confirmados 16 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus.

No contexto das medidas de luta contra a pandemia, o CDC África contabiliza agora 43 países com as fronteiras totalmente fechadas, sete com ligações aéreas suspensas, três com restrições de entrada e saída e dois com restrições de entrada a cidadãos de países de risco.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.