“Faça as compras sozinho”, recomendou Sophie Wilmès, na conferência de imprensa em que apresentou as decisões saídas da reunião do Conselho Nacional de segurança.

Só será permitida a permanência de um cliente por cada 10 metros quadrados e por um período máximo de 30 minutos, respeitando-se sempre o distanciamento de segurança, sendo recomendável o uso de uma máscara que proteja nariz e boca.

Os mercados de rua também são autorizados a reabrir.

O Governo federal belga decidiu ainda alargar o contacto social e, a partir de domingo – data em que se celebra o Dia da Mãe no país -, passa a poder receber-se um máximo de quatro visitas em casa — sempre as mesmas — de preferência no jardim, caso exista, apelando as autoridades ao bom senso e sentido de responsabilidade dos cidadãos.

As deslocações devem ser feitas em transporte privado, libertando os transportes públicos para os que não têm alternativa e sempre de máscara.

A primeira-ministra deixou, no entanto, o alerta para a possibilidade de se voltar atrás em qualquer das decisões, em caso de necessidade, sublinhando que “a saúde continua a ser a prioridade”.

As competições desportivas profissionais e amadoras estão proibidas até 31 de julho

A pandemia de covid-19 já provocou 8.339 mortos na Bélgica, país com 11,5 milhões de habitantes, que regista 50.781 casos de contágio, segundo os dados mais recentes.

O país adotou medidas estritas de confinamento, que começou a aliviar no dia 04, preparando-se para entrar, no dia 11, na segunda fase de alívio.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.089 pessoas das 26.182 confirmadas como infetadas, e há 2.076 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.