A ingestão de dois litros, ou oito copos, de água por dia é um fator de prevenção do desenvolvimento de pedras nos rins, alerta a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN).
Durante o verão, o calor combinado com uma alimentação menos regrada poderá ser sinónimo de aumento das manifestações resultantes da presença de cálculos renais. Esta doença pode atingir qualquer indivíduo mas existem pessoas com maior predisposição genética para problema.
"Em Portugal 8% a 10% da população terá, pelo menos, um episódio de cálculos renais durante a sua vida. A incidência de novos casos é, por ano, de 700 por cada 100.000 habitantes”, refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.
Os cálculos renais, ou pedras nos rins, têm maior facilidade em desenvolverem-se nos dias mais quentes, devido ao maior índice de transpiração (e perda de líquidos), fazendo com que a urina fique mais concentrada em sais minerais. "Nestas circunstâncias, é mais fácil formarem-se cálculos renais", afirma o nefrologista.
A hidratação é a principal maneira de proteção da formação de cálculos renais. Quanto mais água for ingerida, menor será a concentração de sais na urina, e menor a probabilidade de precipitação e de formação de cálculos.
Os alimentos que consumimos também têm um papel fundamental para a saúde dos rins durante o verão. O número de pessoas que sofre com pedras nos rins é maior em países desenvolvidos, onde a alimentação é mais rica em proteínas e sal.
Pessoas de risco, por exemplo, com antecedentes pessoais ou familiares de cálculos, devem beber pelo menos 2 litros de água por dia, reduzir a ingestão de carne e peixe e alimentos ricos em oxalato, como espinafres, chocolate, chá preto, frutos secos e figos. Evitar o consumo de sal e vitamina D e manter a ingestão de laticínios também previne a formação de cálculos renais.
05 de junho de 2012
@SAPO
Comentários