Teresa Romero foi infetada quando atendeu, no final de setembro, uma das duas pessoas que morreram em Espanha depois de terem contraído o vírus em África.

Acusada de ter desrespeitado o protocolo, Romero diz não guardar rancor e ofereceu algum do seu sangue para o tratamento de outros doentes.

A enfermeira foi a primeira pessoa a ser infetada fora da África Ocidental. A paciente foi tratada com soro humano contendo anticorpos de portadores do vírus que sobreviveram à doença.

Romero foi recebida com aplausos dos colegas e dos jornalistas presentes. "Estou aqui para vos agradecer, ainda estou muito débil, por isso permitam-me que leia, quero recuperar a minha tranquilidade e ir para perto da minha família, a quem tenho tanto para agradecer", começou por dizer Teresa Romero, auxiliada pela carta que tinha preparado.

A auxiliar de enfermagem quis agradecer aos médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, pessoal de limpeza e de segurança, que "demonstraram que temos o melhor sistema de saúde do mundo, pessoal altruísta que, apesar da ação política, são capazes de operar milagres".

"Não sei o que falhou, nem sequer sei se falhou algo", acrescentou, após ter recebido alta médica.