Segundo o plano apresentado hoje em Viena pelo executivo austríaco, integrado por democratas-cristãos e ecologistas, prevê também a abertura de escolas, “de forma gradual”, a partir de meados de maio e cujos pormenores serão avançados na próxima sexta-feira.

O retorno gradual das aulas coincidirá com a abertura, a 15 de maio, de restaurantes e outros locais gastronómicos, mas sempre tendo presente a exigência do distanciamento físico entre as pessoas, bem como das igrejas e outras comunidades de culto.

A Áustria está desde a semana passada na primeira fase do “final do confinamento” com a abertura de pequenos comércios e de grandes superfícies de bricolage e de jardinagem.

“Estamos a estudar os dados, embora ainda não tenhamos presente o efeito da Semana Santa e da abertura dos pequenos comércios”, reconheceu o chanceler federal austríaco, o conservador Sebastian Kurz.

Todos os serviços, prosseguiu, poderão retomar as atividades, mas terão sempre de ser respeitadas as regras de higiene e de distanciamento físico.

Na semana passada, as autoridades austríacas sublinharam que, a partir de 01 de maio próximo, seriam abertas todas as instalações desportivas ao ar livre, como courts de ténis, atletismo ou golfe.

As restantes atividades desportivas em pavilhões cobertos, incluindo ginásios, vão continuar encerrados, enquanto todos os eventos culturais e sociais com público permanecerão suspensos pelo menos até 31 de agosto.

A nível profissional, os desportistas já podem, desde o início da semana, treinar em grupos reduzidos, como é o caso das equipas de futebol do principal campeonato austríaco, cuja liga poderá recomeçar, sem público, nas próximas semanas.

Até hoje, a Áustria registou 14.873 casos confirmados com o novo coronavírus, que provocaram 481 óbitos.

Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias austríacas detetaram 78 novos casos positivos, número que mantém a tendência de menos de uma centena de novas infeções registadas nos últimos três dias.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países, tal como a Áustria, começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.