
O estado da situação foi hoje avançado pela chefe do departamento de Promoção de Saúde do Ministério da Saúde de Angola, Filomena Wilson.
Sem especificar o início do surto, Filomena Wilson disse que tem-se verificado o aumento do número de casos, que cruzam com febre, fraqueza, vómitos e, em alguns casos com hemorragias em qualquer parte do corpo, e olhos amarelados.
"Do trabalho de investigação que temos estado fazer e, em alguns casos até não confirmado ainda, mas temos estado a detetar que se tratam de casos de malária grave, dengue, chikungunya, e possivelmente também pode tratar-se de febre amarela, tendo em conta os sinais e sintomas que essas doenças apresentam", explicou a médica, em declarações emitidas pela rádio pública de Angola.
Segundo a responsável sanitária, a zona do Quilómetro 30, no município de Viana, é a que apresenta o maior número de casos, por isso está já a trabalhar no local uma equipa de investigação.
"Há casos sim, que estão a ser investigados, mas muitos desses casos de malária grave, também a confirmar-se casos de dengue, há suspeita de outras doenças que estamos a estudar", disse Filomena Wilson.
Acrescentou que apesar dos seis óbitos registados, a situação "está sobre controlo", tendo em conta a busca ativa de casos.
Questionada se não se estará em presença de casos de ébola, a médica descartou a possibilidade, tendo em conta o modo de transmissão da doença.
"Não é o caso de Angola, e além disso temos tido o cuidado de ter a história clínica muito bem apurada, para sabermos se por acaso esses casos que se apresentam atualmente estiveram em contacto com pessoas de países onde ocorre a epidemia de ébola. E a ébola está descartada", frisou.
"Trata-se de um aumento de doenças que já existem entre nós e que neste momento recrudesceram, porque nós estamos com problemas muito graves de saneamento básico que é praticamente a base da existência destas doenças", reforçou.
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