A comparticipação dos medicamentos para a artrite reumatóide pode aumentar em breve, relevou Jorge Torgal, Presidente do INFARMED, o instituto que em Portugal tutela a área dos medicamentos. “Se forem feitas prescrições rigorosas dentro das indicações para cada medicamento, evitando a prescrição do medicamento para casos menores, tal poderá ser possível”.

Para além deste facto, “o preço dos genéricos tem vindo a reduzir e isso poderá contrabalançar o aumento da comparticipação dos medicamentos”. Estas declarações foram feitas à margem as XI Jornadas da ANDAR, evento que serviu para assinalar o dia Nacional do Doente com Artrite Reumatoide.

De acordo com a Associação Nacional 41,9 por cento dos doentes portugueses gastam mensalmente entre 100 Euros a 150 Euros por mês com a doença, excluindo consultas, tratamentos e cirurgias.

51 por cento dos doentes estão na reforma o pré-reforma, com uma média de abandono da atividade profissional oito anos após a deteção da patologia. A maioria dos inquiridos, 47,7 por cento, afirma receber uma reforma com valores entre os 200 Euros e os 500 Euros.

A artrite reumatóide, doença que em Portugal afeta cerca de 40 mil portugueses, não é uma patologia que atinge apenas pessoas em idade avançada.

Mulheres entre 30 e 50 anos são atualmente as grandes vítimas da AR, que atinge principalmente as articulações, provoca dor intensa e impossibilita a realização de alguns movimentos, mesmo os mais comuns. Pelo menos uma em cada 10 pessoas fica incapacitada pelo que o diagnóstico precoce é essencial.

De causa ainda desconhecida, estima-se que esta patologia afete 21 milhões de pessoas no mundo, com prevalência superior  duas ou três vezes maior nas mulheres do que nos homens.

06 de abril de 2011

Fonte: Guess What / SAPO