A Agência de Administração para Alimentação e Remédios dos Estados Unidos (FDA) aprovou no mês passado uma nova pílula que contém um sensor que permite controlar se os pacientes com transtornos mentais tomaram os medicamentos indicados pelos seus médicos.

O uso foi aprovado para casos de tratamento de esquizofrenia, transtornos obsessivos agudos, transtornos mistos associados à bipolaridade e como um complemento para a depressão em adultos.

O sensor, integrado num comprimido de aripiprazol, envia os dados para um aplicação de smartphone. Dessa forma, se os pacientes permitirem, os médicos poderão acompanhar se o medicamento foi ou não ingerido.

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"Ser capaz de controlar a ingestão de medicamentos prescritos para doenças mentais pode ser muito útil para alguns pacientes", afirmou Mitchell Mathis, diretor da Divisão de Produtos Psiquiátricos do Centro para a Avaliação e Pesquisa de Fármacos da FDA.

Mathis alerta que não é possível acompanhar as informações em tempo real, mas elogiou a utilidade da tecnologia para transtornos como a esquizofrenia, que afeta um em cada 100 norte-americanos.

O comprimido, no entanto, também tem efeitos secundários, segundo a FDA. Aumenta o risco de morte em pacientes com psicoses similares à demência - transtorno para o qual o seu uso não foi aprovado - e para os que são tratados com antipsicóticos.