15 de setembro de 2014 - 12h33
O fim das férias e o regresso à rotina podem desencadear estados de ansiedade e stress, fazendo com que o corpo liberte químicos denominados neurotransmissores, que atuam em vários órgãos do corpo humano, como a pele, afetando-os ou provocando alterações.. 
Sendo uma doença sistémica, que afeta o organismo como um todo, a psoríase propicia baixa autoestima, ansiedade e depressão. Os estados de ansiedade, distúrbios psiquiátricos e mesmo alguns fármacos antipsicóticos e estabilizadores do humor podem também ajudar e favorecer a eclosão de surtos de psoríase.
“O stress cria um ciclo vicioso. Além de desencadear surtos, também a condição em si o potencia, já que a pele – o maior e mais visível órgão do corpo - desempenha um papel fundamental na comunicação interpessoal. As lesões visíveis, particularmente as das mãos e da face, afetam a própria imagem e muitas vezes, a auto-estima dos doentes, originando ansiedade e, em casos mais graves, depressão”, explica Paulo Ferreira, dermatologista da PSOPortugal.
Por tratar-se de uma doença que se manifesta na pele através de manchas avermelhadas, o preconceito e o medo de sofrer descriminação é muito comum entre as pessoas com psoríase.
A ansiedade pode ser reduzida de forma natural, com exercícios de relaxamento ou com a prática de exercício físico. A medicação pode igualmente ser necessária, mas sempre prescrita por um médico.
A psoríase é uma doença auto-imune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. 
O seu aspeto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. 
Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal esta doença afeta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.
Por SAPO Saúde