O Consórcio da Sociedade Médica sobre o Clima e a Saúde representa mais da metade dos médicos dos Estados Unidos e pretende ajudar os criadores de políticas públicas a compreender os riscos para a saúde do aquecimento global. "Nós, médicos de todos os cantos do país, vemos que as mudanças climáticas estão a fabricar americanos doentes", disse Mona Sarfaty, diretora do novo consórcio.
"Os danos estão a ser sentidos principalmente pelas crianças, idosos, pessoas com baixo rendimentos ou doenças crónicas, e pela comunidade negra", afirmou.
O grupo divulgou um relatório que explica como as mudanças climáticas afetam a saúde e insta a uma rápida transição para as energias renováveis. O texto vai ser distribuído pelos membros do Congresso, de maioria republicana.
Doenças respiratórias
As principais advertências surgem no campo dos problemas respiratórios e cardíacos. O aumento da sua incidência tem sido associado ao incremento dos incêndios florestais e da poluição do ar, assim como às consequências do calor extremo.
As doenças infecciosas podem propagar-se mais e mais rápido quando os mosquitos e carrapatos que transmitem as doenças ampliam sua área de ação, afirma o texto. O clima extremo, assim como os furacões e as secas, podem tornar-se mais comuns, destruindo casas e meios de subsistência e prejudicando a saúde mental das pessoas, alerta.
A maioria dos norte-americanos não está ciente de que os aumentos dos ataques de asma e de alergias também estão relacionados com as mudanças climáticas, de acordo com o relatório.
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