Num comunicado enviado à agência Lusa, o conselho de administração da ULSBA explica que, "nos primeiros meses de 2018, por motivos vários, que se explicam sobretudo ao nível dos procedimentos de aquisição de início de ano", houve "dificuldades nos 'stocks'" que obrigaram "a um esforço na gestão interna" dos materiais de consumo corrente, mas "não se verificaram falhas que colocassem em causa os tratamentos e cuidados aos doentes".

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O comunicado surge depois de a Direção da Organização Regional de Beja do PCP ter criticado a degradação dos serviços de saúde prestados no Baixo Alentejo, denunciando a "dramática carência de recursos humanos", como médicos, enfermeiros, técnicos de saúde e assistentes operacionais, e a "falta de material básico de consumo corrente" no hospital de Beja e nos centros de saúde geridos pela ULSBA.

O PCP denunciou a falta de reagentes no Laboratório de Análises Clínicas e fraldas no Serviço de Psiquiatria do hospital de Beja e pensos nos centros de saúde da ULSBA.

Falta de recursos humanos

Em relação à carência de recursos humanos, o conselho de administração da ULSBA refere que é "sobejamente conhecida", sobretudo na área médica, mas frisa que tudo faz e continuará a fazer para "encontrar soluções concretas para os problemas", embora reconheça "as dificuldades existentes em várias especialidades e os constrangimentos em atrair e fixar novos médicos na região".

O PCP também denunciou "condições desumanas no atendimento e na estadia no Serviço de Urgência" do hospital de Beja e "longos atrasos na marcação de consultas" para "algumas especialidades" nesta unidade hospitalar e em "alguns dos centros de saúde" da ULSBA.

Em reação, o conselho de administração diz ter "uma preocupação constante, aliada a um forte sentido de missão, no que respeita à prestação de cuidados assistenciais de qualidade à população da área de abrangência da ULSBA e em todas as suas unidades e serviços, no qual se inclui o Serviço de Urgência do hospital de Beja".

No Serviço de Urgência do hospital de Beja é atendida "mais de uma centena de doentes" por dia, "procurando-se garantir os melhores cuidados, de tratamento e de acompanhamento, prestados por uma equipa de profissionais competente e dedicada", refere a ULSBA.

Ao nível dos cuidados de saúde primários, as referências do médico de família para as consultas de especialidade "são marcadas tendo em consideração o grau de prioridade e são feitos todos os esforços para atender a todas as referenciações chegadas ao hospital".

Em 2017, a ULSBA cumpriu os tempos médios de resposta garantida para consultas de especialidade, "apresentando uma percentagem de 39% de primeiras consultas, o que representa uma boa acessibilidade à consulta hospitalar", refere o conselho de administração, frisando que a instituição "tenta sempre melhorar os procedimentos" para "garantir a marcação em tempo útil" de consulta de especialidade.