O governo "decidiu estender os avisos para viagens turísticas não essenciais a países de fora da UE até 14 de setembro", um dispositivo planeado até 31 de agosto, disse a porta-voz do governo Ulrike Demmer, durante uma entrevista coletiva em Berlim.

"Cada um deve perguntar-se se uma viagem a um território considerado de risco é essencial ou não", afirmou a porta-voz, ressaltando que o combate à pandemia exige "uma certa responsabilidade individual".

As advertências aos viajantes não são uma proibição, mas procuram ter um efeito dissuasório, com a vantagem de permitir que cancelem as suas reservas gratuitamente.

Esta medida consiste em alertar que, quando se viaja para um determinado país, o viajante pode ser submetido a uma quarentena mais ou menos longa, dependendo das medidas de saúde adotadas naquele local e que também poderá ser forçado se isolar-se durante duas semanas após o seu retorno à Alemanha.

A exceção fica para quem apresentar um teste negativo para o novo coronavírus de menos de 48 horas.

Essas recomendações são feitas com base na classificação dos países como áreas de risco elaborada pelo Robert Koch Health Institute. Embora existam advertências para viajantes de cerca de 160 países, cerca de 130 são considerados de risco.

Devido aos surtos do coronavírus na Europa durante o verão, Berlim estendeu essas restrições aos viajantes de várias áreas de seus vizinhos europeus, como a maioria das regiões da Espanha, sudeste da França, a cidade de Bruxelas, ou vários territórios da Roménia, Bulgária e Croácia.