"O bloco operatório e os andares têm serviços mínimos assegurados, mas nas consultas externas e na cirurgia em ambulatório a adesão foi total", disse à agência Lusa Carlos Moniz, delegado Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), responsável pela convocatória da paralisação nacional de dois dias.

10 doenças perigosas que não apresentam qualquer sintoma
10 doenças perigosas que não apresentam qualquer sintoma
Ver artigo

O Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) não confirma para já estes números e remeteu a divulgação de dados para mais tarde.

A greve não está, contudo, a afetar o funcionamento de várias unidades de saúde e tão pouco está a gerar protestos por parte dos utentes, como por exemplo no Centro de Saúde de Santo António, um dos maiores do Funchal e da Madeira, onde constatamos que nenhum trabalhador aderiu à paralisação na parte da manha.

No Hospital dos Marmeleiros e no Hospital João de Almada, também na área do Funchal, o sindicato informou que a adesão foi de 25% e 45% respetivamente.

"Há trabalhadores não podem fazer greve nos dois dias e, por isso, só poderemos divulgar dados mais concretos no final", explicou.

A greve convocada pelo Sintap abrange todos os trabalhadores da saúde, exceto médicos e enfermeiros, dos serviços tutelados pelo Ministério da Saúde e Governos Regionais, como hospitais ou centros de saúde.

O protesto pretende exigir a aplicação do regime de 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores, progressões na carreira e o pagamento de horas extraordinárias vencidas e não liquidadas.

O Sintap reivindica ainda a aplicação do subsistema de saúde ADSE (para funcionários públicos) a todos os trabalhadores e um acordo coletivo de trabalho para os trabalhadores com contrato individual de trabalho.

A paralisação nacional começou hoje às 00:00 e prolonga-se até às 24:00 de quinta-feira.