O diretor Diretor-Geral da Saúde, Francisco George, esclareceu hoje que em 2011 foram notificados 58 casos importados de malária, não se registando qualquer novo caso adquirido em Portugal desde 1959.

Segundo um comunicado distribuído pela Direção-Geral da Saúde (DGS), “os últimos casos de malária adquiridos em Portugal foram diagnosticados em 1959” e “desde então, todos os casos identificados em Portugal foram importados e ocorreram em viajantes regressados de países tropicais”.

O mesmo documento sublinha que em 2011 foram notificados em Portugal 58 casos importados de malária e indica que existe um programa de vigilância das populações de mosquitos em Portugal, designado por REVIVE.

Na sexta-feira, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, disse à Lusa que o aumento previsível da temperatura vai potenciar, em Portugal, o risco de exposição à malária.

"Este será um dos desafios importantes nos próximos tempos, ao nível da saúde, no âmbito das alterações climáticas", sublinhou o responsável.

Nuno Lacasta explicou que a ameaça de surtos de doenças vetoriais, como é o caso da malária, deve-se "ao aumento previsível da temperatura" e que "mais do que amedrontar as pessoas", estes alertas servem "para esclarecer e frisar a necessidade estudar e adotar medidas preventivas.

"Sei que o Ministério da Saúde está atento a esta problemática há já um par de anos, mas penso que é importante que os portugueses estejam informados sobre este cenário", justificou.

10 de julho de 2012

@Lusa