Entre as diversas situações de stresse que influenciam as nossas vidas, as que mais se destacam relacionam-se com stresse emocional e stresse profissional.
O stresse emocional é, frequentemente, derivado de um relacionamento difícil ou até da ideia de antecipação do fim de uma relação, independentemente de qual possa ser o motivo. Este tipo de stresse, afeta órgãos como coração e pulmões.
Além da ação mais óbvia sobre o coração , os pulmões ficam envolvidos pela dor e tristeza resultantes de algum tipo de perda ou até falta de afeto.
O Stresse profissional é um dos problemas de saúde mais encontrado. Na vida moderna, o ritmo exigido pela necessidade constante de crescimento, expansão e sobrevivência financeira exige que a força de trabalho esteja alerta durante mais tempo do que os ritmos biológicos permitem.
A consequência, além da fadiga causada pela constante drenagem de energia da força vital dos rins e das glândulas supra renais, é uma raiva e uma frustração que prejudicam bastante o fígado.
O receio de perder o emprego ou dinheiro, danifica os rins, assim como trabalhar em sítios desagradáveis enfraquece as funções do estômago, do pâncreas e do baço.
Então, como o stresse emocional e o stresse profissional se influenciam mutuamente?
O esgotamento emocional drena negativamente a energia dos pulmões, provocando tristeza. Esta situação provoca confusão no sistema nervoso, impede a clareza mental e afeta negativamente o fígado, levando à frustração e à raiva.
Esse estado emocional causa falta de concentração, inviabilizando a tentativa de desempenhar adequadamente as funções profissionais. Fica-se assim mais exposto à possibilidade de criar atritos com colegas de trabalho.
Quando as pessoas stressam no ambiente profissional, dão origem a emoções negativas que se refletem posteriormente no ambiente pessoal e familiar. Enervam-se facilmente e descarregam na maioria das vezes, as suas frustrações nas pessoas que mais gostam.
Nestas situações muita raiva é libertada e a energia que se solta do fígado, vai instalar-se no coração. Assim, como a raiva alimenta o coração, este expressa impaciência e crueldade em vez de amor, alegria e respeito, dando muitas vezes origem a troca de insultos.
Como alguém disse: “Quanto mais alto se fala ou grita, maior a distância do coração”
As trocas de insultos levam à intoxicação do fígado, que se torna duro, levando a um estado de espírito de ódio, por vezes, até a pessoa colapsar e /ou ficar predisposta a várias disfunções.
Algumas causas de stresse podem identificar-se como:
Apreensão, ou seja, gerar-se energia negativa muito antes do acontecimento stressante, manifestando-se uma vivência no futuro ao invés de se viver no presente, projetando-se, com frequência preocupações em problemas irrelevantes.
Outra causa de stresse, poderá ser a falta de método. Quantas vezes queremos fazer tudo ao mesmo tempo e rápido? Desta forma, dispersa-se muita energia e tornamo-nos incapazes de fazer alguma coisa. O que resulta daqui? Frustração e perda de tempo pela ineficiência.
Também a percepção exagerada de nós próprios se pode tornar numa causa de stress. Ficamos muitas vezes obcecados com a ideia que o mundo está a observar cada movimento que fazemos e por isso, tentamos agradar a todos. Contudo, como todos, os que agirmos assim, temos a mesma consciência, ninguém observa ninguém. Este estado ajuda a alimentar o isolamento entre as pessoas e deriva em metas irrealizáveis e desnecessárias.
Um outro ponto a considerar como motivo de stress, manisfesta-se por uma auto confiança artificial. Quantas vezes nos falta a autoconfiança necessária para finalizar projetos? Por vezes até nos são atriibuidos papéis ou atribuimos papéis a nós próprios que estão além das nossas capacidades, sendo o trabalho realizado de forma inadequada e acabando por gerar medo de observações menos interessantes.
Também o isolamento social, hoje em dia tão falado pelas circunstâncias, conduz a fator de stress.
De forma genérica, este ponto resulta muita vezes do excesso de competição da nossa sociedade, em detrimento da colaboração, o que levou a que, por vezes, nem no seio familiar se sinta apoio, se origine níveis de stresse tão grandes que levam as pessoas a envolver-se em vícios, até perigosos, conduzindo a comportamentos extremistas e a ter que procurar ajuda em grupos específicos terapêuticos.
O que resulta de tanto stresse?
Transformar o ser humano e os seus recursos naturais em entulho, pela atrofia social e espiritual, faz perder a capacidade natural e facilidade de expressar amor, alegria e respeito. Incapazes de processar e reciclar dor, o stresse, parte integrante da nossa vida é despejado nos sítios vulneráveis mais próximos, como família e trabalho.
O stresse acumulado no trabalho ou como resultado de situações emocionais é muitas vezes a razão do enorme desrespeito das pessoas pela natureza, seja a natureza interior ou exterior.
Para que estes sintomas não se tornem piores, há que vencê-los, usando práticas meditativas, preventivas e curativas, utilizando metodologias resultantes das artes milenares do Ayurveda, Yoga e do Chi Kung ou Tai chi que nos permitam reciclar a energia negativa em energia positiva e transformar o stresse em vitalidade.
Texto: Brahmi.pt
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