Nunca, como nos dias que correm, os portugueses procuraram tanto os serviços de apoio que os psicólogos podem dar. Alguns acabam por ver esse auxílio dar frutos enquanto que outros o encaram como um desperdício de tempo. A verdade é que, quanto melhor for o profissional, melhores serão os resultados obtidos. «Um psicólogo deve ser membro efetivo da ordem dos psicólogos», aconselha Fernando Magalhães, psicólogo clínico no Centro Clínico e Educacional da Boavista.

«No site da Ordem dos Psicólogos pode verificar se o psicólogo que consulta está inscrito», esclarece. «Tente também informar-se sobre a sua formação, os anos de experiência e se trabalha nas áreas para as quais procura ajuda. Na área clínica, é essencial dominar um modelo reconhecido de intervenção psicológica (por exemplo, cognitivo-comportamental, humanista, sistémico, entre outras) e ter experiência com supervisão relevante», diz.

«Serão, ainda assim, as competências interpessoais que farão a maior diferença», sublinha este profissional. «Ser capaz de se expressar bem, ser empático e perspicaz a compreender como a outra pessoa pensa e sente, mostrar um apoio caloroso, interessado e genuinamente focado na outra pessoa (em vez de frio e distante)» são características que Fernando Magalhães elogia.

«Deverá sentir que o psicólogo é de confiança, que são definidos objetivos num plano consistente de terapia», acrescenta ainda o especialista. Na opinião deste psicólogo, um bom profissional «deverá dar-lhe explicações coerentes, ensinar estratégias/técnicas que façam sentido, conduzindo a um alívio progressivo dos sintomas». «Deve ser flexível para aceitar críticas e novos dados, bem como adaptar-se às características pessoais de cada paciente», defende ainda.