Uma maciça comitiva vinda de Castela e Leão invadiu por estes dias o hotel Meridien, em Lisboa. O objectivo era mostrar aos portugueses o potencial da região em termos de turismo, comércio e indústria.
A paisagem, a neve, as infra-estruturas, os monumentos, a praça de touros mais antiga de Espanha, as rotas de senderismo, os museus - tudo isso foi pretexto de conversa com os quase 200 potenciais parceiros de negócios, clientes e jornalistas que por ali passaram. Como trunfo adicional, os responsáveis pelo turismo trouxeram consigo dois Chefes de Cozinha locais, António Barragan e Enrique Belloso Aparício, que prepararam alguns dos petiscos mais apreciados de Béjar e arredores.
Com uma longa tradição na produção de enchidos, Béjar apresenta uma gastronomia baseada em carnes, principalmente de porco. Não admira, por isso, que os chouriços, farinheiras e presuntos da região sejam, segundo os Chefes, exportados para todo o mundo, além de serem muito apreciados em Madrid… Diz-se mesmo que Guijuelo, pequena vila a poucos quilómetros de Salamanca, é a capital do jámon ibérico. Exemplo disso é o calderillo bejarano, mistura de batatas com carne e pimentão, ou o hornazo, espécie de empada recheada típica da Páscoa.
Um pouco mais longe, Casar de Cáceres orgulha-se do seu Museu do Queijo. Na verdade, o queijo de cabra é outro produto típico que merece ser mencionado, bem como as castanhas, que vêm do mais importante bosque de castanheiros da Europa.
Motivos mais que suficientes para visitar uma região onde, dizem os responsáveis, começa a haver procura de cursos de português, para que quem trabalha na hotelaria e restauração da zona possa compreender melhor os mais de 20 mil portugueses que já costumam visitar, por ano, aquela província.