É sabido que as listas sobre os melhores entre os melhores restaurantes são como as cerejas. Puxamos por um cachinho e a reboque chega-nos uma boa mão cheia. A par dos gigantes das tabelas de classificação no mundo da gastronomia, como a “The World's 50 Best Restaurants”, navegam online parentes menos famosos desta linhagem. Um deles, a plataforma   “Opinionated About Dining” (OAD) que, anualmente, publica as suas listas de preferências.

Uma tabela com os cem mais, em diferentes categorias, que este 2020 (com base nas preferências do ano transato), puxa os galões a algumas casas portuguesas. Isto, embora, a tabela mais desejada, a dos cem melhores restaurantes europeus, não destaque nenhuma casa nacional.

Uma nota, a OAD, baseia-se num sistema de classificação de restaurantes compilado com base nas opiniões de perto de cinco mil utilizadores daquela plataforma.

No que respeita à prestação portuguesa nas listas (pode consultá-las aqui) agora tornadas públicas, destaque para a histórica Cervejaria Ramiro. A casa lisboeta, arrebatou a 13. ª posição na categoria “Europe Heritage”. O pódio coube a três restaurantes espanhóis, o Ibai (San Sebastian), Casa Julián (Tolosa) e Elkano (Getaria).

Por seu turno, a também histórica casa dos Pastéis de Belém, na capital, arrancou um décimo lugar na categoria “Cheap Eats”, respeitante a estabelecimentos onde podemos petiscar (doce ou não), com preços em conta. Uma lista liderada pelo Pepe in Grani, restaurante italiano.

A categoria maior desta OAD não foi favorável a Portugal, empurrando a participação nacional para a fasquia acima do número cem da tabela. Alma, de Henrique Sá pessoa (136. ª posição), Belcanto, de José Avillez (142. ª posição), Pedro Lemos, de Pedro Lemos (162. ª posição), Euskalduna Studio, de Vasco Coelho Santos (194. ª posição), são os nossos representantes.

Isto, numa lista encabeçada pelo estabelecimento sueco Restaurant Frantzén, do chefe de cozinha Björn Frantzén. No segundo lugar, o restaurante Alchemist, na Dinamarca, seguindo-se o Schloss Schauenstein, na Suíça.

Já no que toca à categoria “Gourmet Casual”, de assinalar a presença d´A Taberna da Rua das Flores, de André Magalhães, na 85. ª posição.

Finalmente, o prémio “Europe Classical”, viu celebrados quatro restaurantes lusos: Vila Joya, de Dieter Koschina (100. ª posição), o Ocean, de Hans Neuner (116. ª posição), Eleven, de Joachim Koerper (161. ª posição) e o The Yetman, de Ricardo Costa (163. ª posição).

A OAD nasceu em 2004, originalmente, como um blogue para documentar os artigos sobre gastronomia do fundador, Steve Plotnicki. Este, ao perceber a frustração dos seus seguidores face aos guias gastronómicos, mudou o foco da página, que passou a basear-se na opinião dos utilizadores. Mais tarde, em 2017, evoluiu para uma marca de guia de restaurantes que incorpora as opiniões de milhares de apaixonados por gastronomia, em relação a mais de 16 mil restaurantes.