“A cozinha assume uma importância crescente enquanto espaço de convívio e reunião das famílias portuguesas”. Esta é uma das conclusões que se retira do estudo “Hábitos de higiene dos portugueses na cozinha”, agora apresentado pelo Instituto Silestone para a Higiene na Cozinha (ISHC).
O ISHC, que nasceu em Espanha em 2007, assume-se como um “plataforma para o estudo e divulgação da higiene na cozinha e sua influência na saúde e bem-estar das pessoas”.
A abordagem, assente em perto de 500 entrevistas, aponta um número elevado de inquiridos, 96%, consciente do seu desconhecimento relativamente às medidas de higiene que podem ser tomadas na cozinha para prevenir intoxicações ou contágio de doenças. São os jovens entre os 25 e os 39 anos o grupo de população mais consciente da importância da higiene na cozinha. Já os inquiridos entre os 55 e os 74 anos afirmam em menor medida que a cozinha é uma fonte de contaminações.
Entre os entrevistados, mais de 80% admite que a cozinha é um espaço que contém bactérias prejudiciais à saúde. Por seu turno, 18% dos abordados não vê esse risco na sua cozinha.
Ainda na percepção sobre pontos críticos ou possíveis focos de infecção na cozinha, a bancada surge a encabeçar a lista, seguida do lava-loiças, dos panos, os próprios alimentos e as ferramentas de cozinha. Uma percepção que conduz 85,1% dos entrevistados a admitir como importante que os equipamentos e materiais de cozinha tenham propriedades antibacterianas.
Na limpeza da bancada, apenas 27% dos inquiridos utiliza um produto específico. 38% recorre ao detergente de uso generalizado para a cozinha.
Ressalvando que “apesar da Gripe A não se transmitir através dos alimentos”, o estudo analisa de que forma se alteraram os hábitos de higiene na cozinha em consequência da pandemia. 49,8% dos inquiridos admite ter modificado de alguma forma os seus hábitos de higiene na cozinha.
O estudo foi efectuado pela empresa de investigação de mercados GFK-EMER, com uma amostra representativa da população portuguesa dos 25 aos 74 anos.
Entre os objectivos do ISHC, que conta em Portugal com um Conselho Assessor constituído por especialistas de diferentes áreas, estão a projecção de cozinhas mais higiénicas, correcta utilização dos utensílios de cozinha, manipulação segura dos alimentos.