As duas referências fazem parte de uma das mais recentes apostas da Quinta de la Rosa, a propriedade vitivinícola localizada no Pinhão, em pleno Douro vinhateiro.

A produção cervejeira é feita na adega de Sabrosa, onde foram criados espaços próprios: um laboratório de análise específico para este produto e um contentor frigorífico para manter a temperatura da cerveja no ponto.

Este projeto está a cargo dos “mestres cervejeiros” Philip Bergqvist (propietário da Quinta de la Rosa, em conjunto com a irmã, Sophia Bergqvist), Kit Weaver (24 anos, filho mais velho de Sophia) e Jorge Moreira (enólogo da Quinta de La Rosa).

De acordo com o comunicado enviado às redações, a ‘La Rosa IPA’ (7,0%; €3,50) apresenta uma cor “dourado acobreado” e, na boca, notas de frutos cítricos, como a laranja e o maracujá, mas também nuances florais, características provenientes dos lúpulos utilizados e das barricas onde estagiam.

É uma cerveja encorpada, com um pronunciado amargor, o que a torna fresca e fácil de beber. Produzida em pequenos lotes de cerca de 1000 litros cada, esta cerveja é feita a partir de cevada maltada Maris Otter adicionada a uma variedade de lúpulos e fermentos, alguns dos quais são acrescentados ao longo das várias fases de produção.

A ‘La Rosa IPA’ fermentou e estagiou em barricas de carvalho novas, por onde apenas havia estagiado o ‘La Rosa Reserva branco 2017’, factor que a torna singular e com cariz duriense.

A ‘La Rosa Lager’ (5,5%; €3,50) é dourada mais clara. No palato denota acidez e um ligeiro aroma floral que, no conjunto, resulta num equilíbrio perfeito, deixando o paladar fresco e prolongado. Apesar de complexa, é de fácil consumo.

A produção é feita em pequenos lotes, também de cerca de 1000 litros cada, onde é utilizada a cevada Maris Otter com variedades de lúpulos e fermentos. Nesta cerveja, a fermentação ocorre em cubas de inox, durante 10 dias e a uma temperatura de 10.ºC.

A ‘La Rosa Stout’, que será feita com um vinho do Porto muito especial, o ‘Quinta de la Rosa Vintage’, sairá para o mercado ainda este ano.

Nem só de vinho vive a Quinta de la Rosa. Também há cervejas artesanais

A história da cerveja artesanal ‘La Rosa’

Segundo Sophia Bergqvist, esta aventura no mundo das cervejas artesanais começou graças a um amigo da família, o mestre cervejeiro Richard Naisby, da The Milton Brewery, que de passagem pela quinta para uns dias de descanso lhes lançou o desafio.

“Começamos a falar de cerveja e no facto de alguns produtores de espumante, em Inglaterra, estarem a estender o negócio à cerveja. Então, pensei em aproveitar as cubas de inox que usamos no vinho para a cerveja. O meu irmão e o meu filho ficaram de imediato muito interessados em avançar com o projecto. O Jorge Moreira também”, explica Sophia Bergqvist.

Philip Bergqvist, Kit Weaver e Jorge Moreira rumaram a Cambridge para aprender o processo da produção cervejeira com Richard Naisby.

Nem só de vinho vive a Quinta de la Rosa. Também há cervejas artesanais
Jorge Moreira, Sophia Bergqvist e Kit Weaver

Seguindo a visão criativa e inovadora que pauta a empresa, Sophia Bergqvist abriu caminho para uma nova aventura depois da abertura do restaurante Cozinha da Clara, que aconteceu em maio de 2017.