É apelidado de “Impossible Burger” e está a ser servido a bordo de voos intercontinentais da classe executiva da companhia aérea nacional da Nova Zelândia, a Air New Zealand. Até aqui nada de especial, mais um entre as intermináveis listas de hambúrgueres e suas variações servidas em todo o mundo.

O que faz a notícia é o facto deste hambúrguer vegetariano que, com características semelhantes ao congénere de proteína animal, estar a levantar uma polémica à escala nacional no país dos antípodes. De tal ordem que o primeiro ministro interino Winston Peters, citado pelo jornal The Guardian, veio a público afirmar ser "totalmente contrário à oferta deste hambúrguer".

Mundo: Air New Zealand serve hambúrguer visto como “ameaça existencial”

Porquê? Porque a Nova Zelândia, um dos principais exportadores de carne bovina do mundo, tem agora no voo da sua companhia bandeira um hambúrguer produzido a partir de carne sintética. Um alimento concebido nos laboratórios de uma empresa norte-americana, sediada em Silicon Valley.

Uma "ameaça existencial" para a indústria de carne bovina da Nova Zelândia, podemos ler na edição online de 5 de julho do jornal britânico The Guardian.

Na mesma peça é citado Mark Patterson, porta voz da indústria da carne neozelandesa, que afirma: “temos a Air New Zealand ativamente promovendo proteínas sintéticas que têm um componente de modificação genética. Este não é um bom exemplo da Nova Zelândia”.

Uma polémica que para a Air New Zealand é uma não notícia, alegando que gasta anualmente avultadas somas na aquisição de carne neozelandesa, disponibilizando a bordo dos aviões, só no ano transato, mais de um milhão de refeições com carne proveniente daquele país da Oceânia.

Ainda de acordo com a companhia área nacional da Nova Zelândia “o hambúrguer vegetariano não é definitivamente uma ameaça à indústria das carnes vermelhas”.