Os interessados na primeira fase da candidatura ao mestrado em Food Design que a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) agora anuncia, “podem beneficiar de um desconto na propina do primeiro ano do curso”, informa a entidade organizadora.
Tratando-se de um curso prático e com um calendário diverso, o número de vagas está limitado a 20 alunos. Estes, terão a oportunidade, a partir de janeiro de 2021, de integrar “um dos poucos ciclos de estudos que a nível mundial aborda a intersecção das metodologias e ferramentas do design com as questões da alimentação, a partir desta nova disciplina que se designa por Food Design”, lemos na nota de apresentação do novo mestrado.
A atividade letiva dos alunos será pautada pela diversidade das temáticas ligadas à alimentação, abordando conceitos nas áreas do turismo gastronómico; da ciência e tecnologia alimentar; do marketing e comunicação; da inovação e empreendedorismo; nutrição; segurança alimentar ou das práticas mais artísticas e culturais.
O food designer gere, entre outros fins, “a produção de alimentos do ponto de vista estético, comunicacional e de representação. Cria e desenvolve metodologias criativas e inovadoras para administrar equipamentos e ferramentas utilizados para preparar e consumir alimentos e gerir a comunicação e promoção de produtos, serviços e experiências alimentares inter/multidisciplinares”, sublinha Ricardo Bonacho, coordenador do Mestrado em Inovação em Artes Culinárias (ESHTE), e membro do comité científico do novo mestrado.
Esta primeira edição do mestrado em Food Design conta com a colaboração de diversos convidados nacionais e internacionais ligados ao ramo alimentar, nomeadamente gastronomia; artes culinárias e estudos alimentares. Entre os nomes internacionais anunciados para lecionar este novo mestrado estão os de Heloise Vilaseca (Diretora de Inovação e Investigação do El Celler de Can Roca); Charles Spence (especialista em gastrofísica da Universidade de Oxford,); Fabio Parasecoli (especialista em estudos alimentares da Universidade de Nova Iorque); Sonia Massari (consultora de grandes marcas alimentares em Itália como a Barilla); Martin Hablesreiter e Sonja Stummerer (autores dos livros “Food Design XL” e “Food Design S”).
No que respeita a nomes portugueses, a ESHTE sublinha os contributos de Vitor Espírito Santo (cientista e diretor na empresa Eat Just, Sillicon Valley, responsável pelos projetos de carne cultivada em laboratório); Alexandra Prado Coelho (jornalista); Rodolfo Tristão (sommelier), entre diversos especialistas de diferentes universidades e professores residentes da ESHTE.
“O programa curricular beneficia também de uma diversidade de parceiros. Os alunos poderão posteriormente desenvolver a sua atividade de investigação e diferentes workshops já programados (Studio Neves; FoodLab Cascais; Imppacto, Catering & Eventos; Vista Alegre; Flúor Studio, entre outros)”, refere a ESHTE.
Um programa atento aos problemas do sistema alimentar
O programa do mestrado em Food Design evidencia uma perspetiva holística no desenvolvimento de produtos, serviços e experiências alimentares com especial aplicação nas carências e problemas do sistema alimentar.
“Com base em processos, ferramentas e metodologias especializados em design e inovação alimentar os alunos terão o contributo de diversas disciplinas com abordagens e backgrounds diferentes que permitem o desenvolvimento da sua atividade projetual. O turismo, a hotelaria, a restauração e a indústria alimentar exigem cada vez mais um pensamento crítico e criativo.
Em linha com as três áreas apontadas, o curso capacitará os participantes para o “desenvolvimento de produtos, serviços e experiências alimentares, capazes de exercer a sua atividade profissional em diferentes cenários do sistema alimentar”.
Explorar as fronteiras entre o design e a alimentação, a promoção da reflexão, pensamento crítico e criativo dos alunos para as questões específicas do sistema alimentar, que permitam conceber, desenvolver e implementar projetos à escala local, regional e global); a adoção de uma abordagem ao design enquanto atividade projetual que promove o uso e o consumo alimentar de modo responsável e sustentável, estão entre os objetivos do novo curso.
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