Na Cova da Beira, a cherovia (também a conhecemos como pastinaga), uma raiz com a forma de uma cenoura, a cor do nabo e um sabor adocicado, integra muitas confeções gastronómicas, tratando-se de um produto versátil que se adapta às sopas, aos pratos principais e, inclusivamente, às sobremesas.
De tal ordem que uma vez mais, a Covilhã acolhe um festival de vários dias dedicado à cherovia, entre 20 e 23 de setembro. A iniciativa na sua 11ª edição decorre no casco histórico da cidade beirã e promete novidades, como podemos ler na página oficial do Festival: “Mais ruas e largos, mais expositores, mais decoração, mais palcos, mais receitas de cherovia, mais animação, mais envolvência dos moradores”.
No decorrer do evento, chefes de cozinha darão a provar dezenas de receitas à base de cherovia. Isto num programa que envolve a restauração da cidade.
Ainda sobre a cherovia, refira-se que o seu sabor intenso, muito agradável, confunde-se com a salsa e a cenoura, aproximando-se mesmo ao paladar do coco.
O cultivo da cherovia é anterior à introdução da batata na Europa. Em termos nutritivos a cherovia acaba por ser mais rica em vitaminas e sais minerais do que a cenoura, sendo que se destaca essencialmente pela quantidade de potássio, fósforo, vitamina A, vitamina B e ainda algum valor calórico.
Tradicionalmente, a cherovia em Portugal é cultivada na zona da Serra da Estrela, embora o seu cultivo seja passível de introdução noutras zonas do país.
No decorrer do festival, para além da componente culinária, está prometida animação musical, com a atuação de uma dezena de tunas universitárias.
O festival é uma organização da Banda da Covilhã e Desertuna, com o apoio do Município da Covilhã.
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