“Quinze dias após a data de reabertura, os restaurantes estão a viver um verdadeiro pesadelo. A faturação não chega a 40% do valor homologo, sem contar com os cerca de 30% dos estabelecimentos que ainda se encontram fechados e que na sua maioria reabriram esta segunda-feira. Um verdadeiro pesadelo, pois não chega para cobrir os custos e muitos já só pensam em encerrar de novo, pois sai mais barato ter o restaurante fechado”, lê-se num comunicado da PRO.VAR enviado à agência Lusa.
Segundo a PRO.VAR, a solução para inverter o atual cenário passa pela criação de um “plano de salvação do setor da restauração”, contando para tal com vários parceiros, designadamente o Governo, organismos públicos e privados, bem como com os empresários da restauração.
Um inquérito realizado recentemente pela associação de restaurantes concluiu que “o encerramento e reabertura forçada, com o elevado grau de restrições e exigências na adaptação dos espaços de restauração, acabaram por colocar o setor, que era viável e gerava elevada riqueza para o país, à beira do abismo e da falência generalizada”.
Algumas das medidas que a associação nacional de restaurantes propôs ao Governo foi a redução do IVA da restauração, nas comidas, de 13% para os 6%, apoio às rendas, incentivo ao consumo, substituindo-se impostos e ou taxas por ‘vouchers’, entre outras.
Às autarquias foi proposta pela PRO.VAR, por exemplo, a criação e alargamento de esplanadas e isenção de taxas de esplanadas, bem como a oferta de testes covid-19 aos trabalhadores do comércio e oferta de ‘vouchers’ aos munícipes para estímulo ao consumo local, entre outras.
Em 09 de maio, a PRO.VAR já havia alertado o Governo de que as regras para a restauração indicadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no contexto da pandemia não eram “viáveis” sem uma redução do IVA de 13% para 6% nas comidas.
A DGS publicou no dia 08 de maio um conjunto de regras para a restauração, um setor que começou a reabrir no dia 18 de maio no contexto da pandemia de covid-19.
Portugal contabiliza pelo menos 1.410 mortos associados à covid-19 em 32.500 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância ativa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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