A 20.ª edição do concurso internacional Muscats du Monde saldou-se numa participação vitoriosa para as casas produtoras portuguesas. Os resultados anunciados a 22 e 23 de julho na cidade francesa de Frontignan-la-Peyrade, trouxeram para Portugal a distinção máxima, num concurso onde participaram 16 países, com mais de 150 vinhos à prova, avaliados por um júri internacional, composto por dezenas de especialistas.

Portugal, Austrália e Itália, ocupam as primeiras posições da tabela, com destaque para o Moscatel Roxo de Setúbal DOC - Reserva Família 2016, produzido pela casa Venâncio da Costa Lima, a liderar a lista.

Segue-se o moscatel australiano Morris - Georges Morris, produzido pela Morris Wines. Em terceiro lugar na lista dos melhores entre os melhores, outro moscatel dos antípodas e da mesma produtora, a Morris, com o seu Cellar Reserve, Grand Liqueur Muscat.

Uma tabela onde bisa a casa Venâncio da Costa Lima, com o 7. º lugar atribuído ao Moscatel de Setúbal DOC, Reserva da Família, cinco anos.

Na 11.ª posição, outra referência portuguesa, desta feita, o Moscatel de Setúbal DOC, dez anos, 2006, produzido pela Adega de Palmela.

Ainda no top dez (que na realidade conta com 12 entradas, dada a pontuação idêntica de algumas referências), a 12.ª posição é ocupada pelo Moscatel Roxo de Setúbal DOC, superior 2010, saído da Casa Ermelinda Freitas.

Moscatel de Setúbal faz 110 anos, um bom momento para lhe recordarmos a história

Presentes também nesta tabela com os melhores moscatéis do mundo em prova, países como a França, Espanha e Hungria.

No que respeita à distribuição do top dez, Portugal destaca-se com quatro distinções, seguindo-se a Austrália, Hungria, França com duas. Espanha e Itália conquistam um lugar entre as 12 presenças na lista.

Contas feitas, o concurso internacional atribuiu 52 medalhas, entre ouro (21 medalhas) e prata (31 medalhas).

No que toca a Portugal, acolheu 16 medalhas no concurso, oito de ouro e outras tantas de prata.

De acordo com a organização, do Muscats du Monde, “todas as regiões francesas produtoras de moscatéis estiveram bem representadas - Alsácia, Córsega, Occitânia e Vale do Ródano - assim como a presença de outros países como Espanha, Itália, Portugal e até territórios tão distantes como Austrália e o Brasil. A participação de países como a Bulgária e a Roménia também foi notável”.