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A jornada da Cas’Amaro começou há mais de uma década, quando Paulo Amaro se apaixonou por um espaço na Quinta do Pinto, na Aldeia Galega da Merceana, Alenquer. O desejo de criar algo diferente levou à transformação de uma antiga produção e adega numa vinha de produção biológica certificada. Desde então, a marca tem evoluído, sempre respeitando o terroir e valorizando as castas autóctones.
Desta forma, a Cas’Amaro é muito mais do que apenas um nome no panorama vínico português. É uma fusão de tradição e modernidade, num projeto que celebra a inovação, tanto na criação de vinhos distintos como na oferta de experiências turísticas.
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Presente em cinco regiões vinícolas de Portugal – Vinhos Verdes, Douro, Dão, Lisboa e Alentejo – a marca reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade, apresentando agora uma nova gama de vinhos, Implante, que quer conquistar apreciadores mais exigentes.
Uma história de paixão e dedicação
Com um olhar atento às novas tendências de mercado e de consumo e um profundo respeito pela terra, a Cas’Amaro tem vindo a expandir-se. Apostando em vinhos frescos, elegantes e de menor teor alcoólico, a marca conseguiu abrir portas em mercados como o Japão, a Escandinávia, Holanda, Bélgica, Alemanha ou Estados Unidos.
O facto de serem um projeto recente nesta área fez com que fossem ouvir quem sabe e seguissem o rumo para onde as tais tendências nos levam. “Cada vez começamos a sentir mais esta preocupação do consumidor em consumir menos quantidade, que por um lado é mau, mas consumir vinhos de maior qualidade e preferencialmente vinhos de menor intervenção”, explica Rui Costa, Diretor-Geral da Cas’Amaro, acrescentando que “não querendo eu dizer que esta menor intervenção quer dizer que são vinhos naturais, completamente fora da caixa. Esse é um mercado à parte ainda, mas são características fundamentais”.
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Ainda de acordo com Rui Costa, “o nosso foco, em termos de produção vínica, que é um dos dois pilares deste projeto, produção vínica e turismo, assenta muito em termos pequenas propriedades como esta, que estão entre os 5 e os 10 hectares. Dentro destas propriedades, apostamos sempre em castas nativas de cada região onde trabalharmos.”
O facto de todos os vinhos serem biológicos e procurarem ter menos teor alcoólico, coloca a Cas’Amaro num posicionamento diferente da maioria dos produtores de vinhos nacionais.
Rui Costa sublinha ainda a aposta na diversidade de castas: “Obviamente que em Lisboa temos Arinto, mas procuramos outras castas menos comuns na região. É um bocadinho o laboratório tubo de ensaio. Temos, por exemplo, nos tintos Bastardo, que é a nossa casa-mãe aqui de Lisboa, Tinta Miúda, Camarate, que são castas que tiveram grande expressão no passado, mas que hoje nos permitem fazer vinhos distintos.”
Nos brancos, a marca aposta fortemente na Sercial. “Seremos um dos poucos produtores, se não o único, de Sercial na região de Lisboa”, conclui Rui Costa.
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Além da produção de vinhos, a Cas’Amaro está também a consolidar-se no enoturismo. O primeiro projeto nasceu em Alenquer, onde está localizada a Cas’Amaro Wine Villa, um boutique hotel e ainda um restaurante, o Cas’Amaro Wine Shop & Bar, a alguns quilómetros de distância. Este alojamento resulta da recuperação de uma antiga adega em ruínas, transformada numa unidade de alojamento e enoturismo sustentável.
Dispõe de três quartos, batizados com nomes de castas autóctones – Arinto, Bastardo e Sercial. O projeto, da responsabilidade da Central Arquitectos, aposta na máxima arquitetura, design e arte, tendo a sustentabilidade em mente. A decoração é dominada por elementos vintage e peças de artistas locais, num edifício que é forrado a cortiça e equipado com painéis solares para microgeração de energia, como prova de uma reconstrução mais sustentável.
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As reservas seguem dois conceitos distintos ao longo do ano. De abril a outubro, o espaço é alugado na totalidade, incluindo o bar e a cozinha, com a possibilidade de um chef preparar refeições exclusivas para os hóspedes. De novembro a março, a considerada época baixa, as estadias podem ser reservadas individualmente, com preços por noite a começar nos 250€.
O sucesso desta experiência levou a Cas’Amaro a expandir o conceito, para já, em Estremoz. Até ao final do ano, será inaugurada uma nova unidade na Herdade Monte do Castelête, com cerca de 20 quartos e um investimento de 1,5 milhões de euros. Esta propriedade de 70 hectares seguirá os mesmos princípios do alojamento em Alenquer.
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Em projeto está ainda um terceiro enoturismo, na região dos Vinhos Verdes. Em Marco de Canaveses, será recuperado um solar histórico que dará lugar a um hotel de com oito suites.
Implante, uma nova expressão do Alentejo
O mais recente lançamento da Cas’Amaro transporta-nos para o coração do Alentejo. A gama Implante chega ao mercado como uma lufada de ar fresco, desafiando a tradição dos tintos alentejanos mais encorpados. Estes vinhos apostam numa abordagem diferenciadora, privilegiando frescura, equilíbrio e a expressividade do terroir.
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Cada garrafa da gama Implante é um tributo à riqueza e diversidade dos solos alentejanos. O nome "Implante" reflete precisamente a transformação e adaptação constantes do projeto, onde cada decisão enológica marca uma nova etapa nesta viagem pelo mundo dos vinhos.
Implante Tinto 2023
Um vinho nascido das vinhas de Castelête, em Estremoz, onde os solos argilosos permitem uma maturação ideal das uvas. Produzido exclusivamente a partir da casta Tinta Caiada, este field blend apresenta um perfil vibrante e autêntico. O seu caráter fresco e acessível convida ao prazer imediato, dispensando longos anos de guarda. Fermentado na adega do Monte Branco, resulta num vinho com 13% de álcool, marcado por uma acidez equilibrada e uma expressividade notável.
- Casta única: Tinta Caiada
- Origem: Vinhas Castelête, Estremoz
- Solo: Barro e calcário, com ótima maturação
- Vinificação: Fermentação espontânea em inox, estágio de um ano em inox e 6 meses em garrafa
- Produção limitada: Apenas 4.000 garrafas
- Preço de venda ao público: 12€
- Certificação: Vinho Vegan
Implante Tinto 2022
Um verdadeiro reflexo do terroir alentejano, este field blend combina Aragonês, Castelão e Trincadeira num vinho de estrutura elegante e surpreendente frescura. Com metade do lote estagiado em inox e a outra metade em barricas de carvalho usadas durante seis meses, atinge um equilíbrio delicado entre fruta, taninos sedosos e um subtil toque de madeira. Engarrafado em junho de 2024, este vinho é a escolha perfeita para quem aprecia um tinto envolvente e versátil.
- Blend de castas: Aragonês, Castelão e Trincadeira
- Solo: Barro e calcário, com presença de xisto
- Vinificação: 50% em inox, 50% em barrica de carvalho usada por 6 meses
- Produção limitada: 6.000 garrafas
- Preço de venda ao público: 10€
- Certificação: Vinho Vegan
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O futuro: vinhos com menos teor de alcóol
A Cas’Amaro pretende continuar a inovar, não só na vertente de enoturismo, mas também na sua abordagem à produção vínica. Um dos objetivos já referidos passa por criar vinhos com menor teor alcoólico, abaixo dos 12%, tornando-os mais leves e equilibrados.
Embora a gama Implante tenha um teor alcoólico de 13%, continua a diferenciar-se dos tintos alentejanos tradicionais, que frequentemente ultrapassam os 14%. Para breve, está ainda prometido o lançamento de um branco alentejano.
Com um posicionamento sustentável, uma visão inovadora e uma oferta enoturística em crescimento, a Cas’Amaro começa a consolidar-se como uma referência no panorama vínico português, proporcionando experiências diferentes para apreciadores de vinho e viajantes em busca de exclusividade.
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