A paixão deu origem, em 2004, à primeira “batida de coração”, ou, na língua celta “Acushla”. O objetivo de produzir azeite biológico virgem extra português de transmontano com Denominação de Origem Protegida (DOP) concretizou-se em poucos anos.
Azeite produzido a partir de variedades de oliveiras autóctones de Trás-os-Montes e Alto Douro - cobrançosa, madural, verdeal e cordovil –, que cobrem os 300 hectares da Quinta do Prado, em Vila Flor.
A propriedade é uma das maiores áreas de olivicultura de Portugal em modo de produção biológico, com 70 mil oliveiras plantadas numa só exploração.
Com um nível percentual de acidez de 0,1, o Acushla é, de acordo com as notas de prova, “frutado e medianamente verde, fresco, e tem notas marcadas de casca de amêndoa verde, maçã, com apontamentos de erva e giesta, além de ligeiramente amargo, picante e com um final de boca bastante persistente a frutos secos.
“O crescimento do olival do Acushla dá-se no respeito absoluto pelos trâmites definidos pelo modo de produção biológica, previstos pela legislação europeia e americana do setor. O que obriga a diversos procedimentos, mais morosos e dispendiosos, designadamente à manutenção do fundo de fertilização dos solos e ao respeito por princípios fitossanitários e de fertilização”, indica a marca em comunicado, acrescentando que “assumiu como objetivo para 2021 tornar a produção da Quinta do Prado completamente independente em termos energéticos. Apostou na energia solar, com a instalação painéis fotovoltaicos em 2016, e está a aumentar este ano a capacidade em 200%”.
Assente no conceito de “uma agricultura biodinâmica, as terras que fazem nascer o Acushla têm instaladas caixas-ninho para o mocho-galego, o falcão peneireiro-comum e a coruja-das-torres. Objetivo: controlar de uma forma sustentável as populações de micromamíferos, que por vezes destroem as condutas de rega e oliveiras nesta exploração”, informa a marca.
“Adicional e recentemente, a Quinta do Prado adquiriu perto de 200 ovelhas, a fim de fertilizarem os solos com as pastagens e ajudar a criar matéria orgânica para potenciar o valor da compostagem caseira”.
“O lagar Acushla transformou no último ano cerca de 600 mil quilos de azeitona em 87 mil litros de azeite. Estamos a exportar neste momento 90% da nossa produção para França, Alemanha, Suíça, Polónia, Hungria, Croácia, Suécia, Inglaterra, Holanda, Canadá, Brasil e Estados Unidos da América, entre outros. Um dos nossos principais objetivos para este ano é o crescimento no mercado nacional, posicionando a marca nos restaurantes de referência e em lojas biológicas, sustentáveis e gourmet, de norte a sul do País”, revela Joaquim Moreira, o empresário têxtil que fez do olival a sua paixão.
O Acushla conquistou o palato de especialistas em eventos internacionais, nomeadamente, na Suíça, Itália, Japão, China, Estados Unidos da América, Reino Unido, Argentina, Dubai, Brasil, Canadá, Espanha e Portugal.
Nos últimos quatro anos, a marca ganhou, nos principais concursos de azeite internacionais, mais de 50 medalhas e distinções (acima de 100 galardões em 15 anos). De ouro, acima de tudo, mas também de prata e bronze.
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