O criador Marc Jacobs aposta exclusivamente na marca com o seu nome para comercializar todas as suas criações futuras, abandonando a etiqueta Marc By Marc Jacobs. A intenção, que surpreendeu meio mundo, está a suscitar dúvidas no mercado. Uma das teorias prende-se com a necessidade de valorizar a marca para a cotar em bolsa. No entanto, há quem aponte a insatisfação com o trabalho da diretora criativa da linha Marc by Marc Jacobs Katie Hillier e da designer de roupa feminina da etiqueta, Brit Luella Bartley.
Como já colabora com Marc Jacobs há algum tempo e tem uma vasta experiência no lucrativo sector dos acessórios, Katie Hillier deverá continuar a trabalhar com o criador, mas as suas novas funções ainda não foram confirmadas. Apesar de Sebastian Suhl, o novo diretor executivo da marca, assegurar que a supressão vai permitir com que a etiqueta cresça e não o contrário, recusou-se a o futuro de Brit Luella Bartley na empresa.
Desconhecido é também o futuro das lojas Marc By Marc Jacobs, muitas delas paredes meias com as que ostentam o nome do estilista, integrando uma rede de cerca de 200 estabelecimentos nalgumas das ruas comerciais mais famosas do mundo. Quando Marc Jacobs abandonou a Louis Vuitton em 2013, foi noticiado que a LVMH, empresa que detém e gere algumas das marcas mais luxuosas do mundo, possuía apenas um terço da etiqueta do criador, estando o restante nas mãos de Robery Duffy e do próprio Marc Jacobs, detentor de apenas um terço.
Entretanto, o grupo LVMH, responsável por marcas como a Kenzo, a Givenchy, a Fendi, a Donna Karan, a Acqua di Parma, a Guerlain, a TAG Heuer, a Bulgari e os perfumes da Christian Dior, terá reforçado a sua participação na marca, referem alguns analistas. Segundo algumas fontes do setor, a poderosa companhia estará na posse de 80 por cento da marca, sendo que a quota de Marc Jacobs e de Robery Duffy, atualmente, não ultrapassa individualmente os 10 por cento.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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