
Não é difícil perceber o gosto que Lelê, fundadora do Jardim Ecotattoo, tem por plantas. O estúdio de tatuagem vegano destaca-se pelo mar de verde que inunda o olhar de quem espreita pela janela. Mas há uma flor pela qual a tatuadora tem um gosto especial: o cravo. Com a chegada de abril, no ano em que se celebra o 51º aniversário da Revolução de 1974, a fundadora decidiu marcar a data com uma campanha que leva tal propósito à letra: marcando os símbolos da liberdade na pele de quem a visita.
Cravos, frases e palavras de ordem estão entre as sugestões do Jardim Ecotattoo, situado em Campo de Ourique, para a data. Lelê, cujo percurso passou também por design e ilustração, desenhou ícones exclusivos para esta campanha do 25 de Abril, que estarão disponíveis a preços reduzidos. Na verdade, qualquer tatuagem realizada neste estúdio de tatuagem eco-consciente dentro da temática da Revolução dos Cravos estará abrangida pela promoção, que começa nos 95 euros, sendo que a tabela inicia-se, noutras alturas, nos 120 euros. Nas palavras da tatuadora, esta é uma forma de "tornar o meu trabalho mais acessível para aqueles que se orgulham em carregar a liberdade na pele".

As tatuagens de Lelê destacam-se pelo seu estilo minimalista e delicado. Flores, folhas e ramos já são temas comuns nas suas criações, desenhadas em linhas finas e traços leves de modo a garantir sofisticação e elegância. Para quem procura algo mais discreto, a tatuadora aconselha os seus desenhos de pequenas dimensões (menores do que uma moeda de um cêntimo), que tendem a conquistar o coração dos clientes mais reticentes.
No Jardim Ecotattoo, é possível marcar a pele com um desenho único, sem que isso implique um impacto devastador para o Planeta. Para além de optar por tintas, bálsamos e materiais de limpeza veganos, Lelê procura ao máximo eliminar a presença de materiais de plástico descartável nas suas sessões, utilizando luvas, proteções e até o cartucho da própria agulha produzidos com materiais de origem vegetal.
Afinal, como diz Lelê,“as tatuagens são para sempre, mas o desperdício gerado não tem de ser”.Tal como a liberdade, que também é para sempre, mesmo que aparente haver quem a desperdice.
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