Tinha 15 anos quando fez os primeiros sapatos. Antes de se tornar num dos mais populares criadores de calçado, foi ator e chegou a trabalhar num cabaré. É um apaixonado pelo litoral alentejano e está a construir um hotel de luxo em Melides, a localidade que elegeu para passar grande parte do ano depois de se cansar da Comporta. O mediatismo que a localidade foi ganhando com o passar dos anos desagradou a Christian Louboutin, que a preferia mais sossegada.
A comemorar três décadas de carreira, o designer de moda francês continua imparável e já não são só os sapatos a aumentarem-lhe a fama e a fortuna. A cosmética e a perfumaria têm sido, a par da moda, outras fontes de rendimento. No início deste mês, lançou Loubiworld, uma nova coleção de perfumes, composta por três fragrâncias, Loubicharme, Loubiluna e Loubiprince. No final de setembro, tinha aberto a Loubimilano, a nova boutique da marca em Milão.
Presente em mais de 150 estabelecimentos comerciais de todo o mundo, vende mais de um milhão de sapatos por ano. A princesa Carolina do Mónaco foi uma das primeiras clientes. Há precisamente 30 anos, no dia 21 de novembro de 1991, Christian Louboutin abria a sua primeira loja de marca própria. Localizada na Rue Jean-Jacques-Rousseau, em pleno centro de Paris, num local que o designer francês tinha descoberto por acaso numa prospeção pouco tempo antes, atraiu de imediato as atenções de celebridades de todo o mundo. Nos anos seguintes, abriria mais duas na cidade, renascendo das cinzas depois de ter desistido do sonho da moda.
Numa fase de desencanto com a profissão, ainda antes de criar a marca que o viria a tornar famoso, Christian Louboutin trabalhou como arquiteto paisagista e colaborou com a edição francesa da revista Vogue. No fim da década de 1980, as saudades de criar calçado, uma experiência que já tinha tido para marcas como a Charles Jourdan, a Chanel e a Yves Saint Laurent, apertaram e o criador decidiu arregaçar as mangas. A partir daí, tem sido o (grande) sucesso que se conhece.
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