A Fashion Week "estará presente, tendo em conta o contexto", disse à AFP Pascal Morand, presidente da Federação Francesa de Alta Costura e Moda (FHCM).
Cerca de 30 marcas, entre elas Courrèges e Issey Miyake, pretendem apresentar as suas coleções em estúdios, após terem definido um horário, um método muito menos vistoso do que um desfile com modelos, música e fotógrafos, mas que ao mesmo tempo permite que o número de visitantes seja controlado durante o dia inteiro.
Do total das 76 empresas inscritas no calendário oficial de prêt-à-porter masculino, 17 decidiram desfilar, perante as seis de junho do ano passado. Entre elas estão Dior, Hermès, Rick Owens e Y/Project, além de Kenzo, que tem um novo diretor artístico, o japonês Nigo, famoso pela sua linha de roupas casuais "streetwear".
Os espanhóis Arturo Obegero e Alled-Martínez também apresentam os seus trabalhos de atelier, mediante agendamento.
A Louis Vuitton fará dois desfiles na quinta-feira para a última coleção de Virgil Abloh. O primeiro designer negro a liderar uma marca de luxo, Abloh morreu de cancro aos 41 anos em novembro.
A Egonlab, marca francesa fundada há dois anos por Florentin Glémarec e Kévin Nompeix, que também optou por apresentar uma linha de criação digital, entra no calendário oficial com um desfile.
Depois da Semana da Moda Masculina, que encerra no domingo, dia 23, as passerelles de alta costura abrem imediatamente, até o dia 27.
Das 29 empresas inscritas, 18 preparam desfiles, embora algumas reconheçam que a situação sanitária pode provocar alterações na sua agenda.
Giorgio Armani causou alvoroço na semana passada ao cancelar os seus desfiles de prêt-à-porter em Milão e de alta costura em Paris por causa da variante Ómicron.
Armani, de 87 anos, já foi o primeiro a cancelar as suas apresentações quando a pandemia se espalhou pelo mundo, em fevereiro de 2020.
Casos positivos aparecem constantemente entre os modelos e vários funcionários dos ateliers também adoeceram.
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